Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Vendedores são removidos do mercado da Estalagem

Por TopAngola ·

2 min leitura
Vendedores são removidos do mercado da Estalagem

Resumo: 

Autoridades de Viana removem vendedores do antigo mercado da Estalagem para reduzir lixo e prevenir cólera; comerciantes reclamam falta de aviso.

Pontos-chave:

  • Em 6 de junho de 2025, as autoridades municipais de Viana iniciaram a operação de remoção dos vendedores informais do antigo mercado da Estalagem, alegando necessidade de controle sanitário e combate à cólera, que tem afetado diversas regiões do país e gerado preocupação crescente nas autoridades de saúde pública. O governo argumenta que os novos mercados construídos permanecem vazios, enquanto as zungueiras resistem e criticam a falta de comunicação clara.

  • Segundo relatos das vendedoras Maria de Lurdes Chaves e Rosa Salomão, fiscais municipais teriam sido aliciados para permitir retorno dos comerciantes às ruas, intensificando a reincidência de ocupação do espaço público mesmo após tentativas anteriores de remoção. As instalações do mercado de Viana, localizadas no KM 12, têm capacidade para albergar três mil vendedores, com bancadas, armazéns, câmaras frigoríficas, creche e áreas para restaurantes e bancos, porém permanecem vazias.

  • Especialistas em saúde pública reforçam que a remoção dos vendedores busca eliminar focos de contaminação e reduzir riscos de transmissão de doenças hídricas e gastrointestinais, enquanto a subutilização de equipamentos públicos evidencia falhas na política de apoio ao comércio informal. O sociólogo Ramos Diengo destaca resistência dos comerciantes informais, apontando fragilidade na comunicação entre a administração municipal e as zungueiras, que sentem-se deslocadas sem alternativas adequadas.

  • Na visão das autoridades locais, não faz sentido manter feiras ao ar livre quando existem mercados modernos, construídos pelo governo, com infraestrutura pronta e sem uso, o que justificaria a realocação imediata dos vendedores para espaços oficiais. Essas instalações incluem áreas cobertas, segurança reforçada e condições sanitárias, oferecendo mais conforto e proteção contra intempéries e possíveis surtos de doenças, com capacidade para milhares de vendedores.

  • Enquanto a operação segue, entidades do setor solicitam diálogo e definição de prazos para transição, apontando necessidade de treinamento e apoio financeiro para garantir adaptação dos comerciantes e evitar colapsos econômicos nas comunidades locais. Representantes das zungueiras sugerem criação de comitês comunitários de acompanhamento, a fim de monitorar condições sanitárias, implementar medidas de higiene e melhorar a fiscalização sem prejudicar o sustento das famílias.

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