Ucrânia busca paz em formato trilateral e sanções
Por TopAngola ·
Resumo:
Zelensky propôs reunião trilateral, mas o Kremlin exige protocolos prévios. Trump ameaçou desestabilizar a OTAN e sanções bancárias avançam.
Pontos-chave:
Em 29 de maio de 2025, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs uma reunião trilateral com Donald Trump e Vladimir Putin visando acabar com a guerra iniciada em 2022. A iniciativa pretende avançar nas negociações de paz e assegurar um cessar-fogo imediato. Zelensky declarou-se pronto para qualquer formato, seja bilateral ou multilateral, e ressaltou a necessidade de apoio internacional para estabilizar o país e impedir novas ofensivas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a reunião só ocorrerá após acordos concretos entre Rússia e Ucrânia. Segundo Peskov, “uma reunião deste tipo deve ser o resultado de negociações sólidas”, sem definições vagas. A declaração segue a recusa prévia de Putin em encontros bilaterais sem garantias e reforça a posição russa de condicionar qualquer diálogo ao cumprimento de termos previamente acordados entre as delegações envolvidas.
Donald Trump alternou entre críticas severas a Putin e apelos a Zelensky para concluir um acordo de cessar-fogo em 24 horas. O ex-presidente dos EUA também ameaçou desestabilizar a OTAN na próxima cimeira, questionando o compromisso americano com a defesa coletiva. Essas declarações provocaram apreensão entre aliados europeus, que temem a erosão da união estratégica num momento de vulnerabilidade global e de tensões geopolíticas elevadas.
Zelensky solicitou novas sanções dos Estados Unidos, com foco no setor energético e no sistema bancário russos, caso Moscovo continue a rejeitar uma trégua. Trump confirmou potencial penalizações e debateu essas medidas com líderes internacionais. A iniciativa visa pressionar economicamente a Rússia, interrompendo fluxos de receita essenciais, e reforçar o apoio financeiro e militar à Ucrânia, assegurando que quaisquer violações do cessar-fogo sejam duramente punidas pela comunidade global.
A Ucrânia lançou quase 300 drones contra alvos militares russos, segundo o Ministério da Defesa da Rússia, que interceptou boa parte dos aparatos. Paralelamente, a Rússia concentrou mais de 50 mil soldados perto de Sumy, no Nordeste ucraniano, preparando uma possível ofensiva para criar uma zona de amortecimento. A península da Crimeia, anexada em 2014, segue como ponto estratégico, aumentando o receio de escalada do conflito no Leste europeu.
