AngoSat-2 amplia cobertura e serviços técnicos
Por TopAngola ·
Resumo:
ITA e GGPEN assinaram acordo para uso do AngoSat-2, e GGPEN e Otchiva firmaram memorando para mapear mangais com apoio da Equinor.
Pontos-chave:
Em 14 de junho de 2025, durante a segunda sessão do ANGOTIC, em Luanda, a Internet Technologies Angola (ITA) e o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) formalizaram oficialmente um acordo de cooperação técnica. O protocolo prevê o uso do segmento espacial do satélite angolano AngoSat-2 e consolida a ITA como principal provedor de suporte tecnológico ao GGPEN.
O acordo também permite que o pagamento pelos serviços prestados ocorra em kwanzas, facilitando transações em moeda local. Essa condição é apontada como estratégica para a aceleração de projetos nacionais de telecomunicações via satélite. A parceria visa ainda desenvolver novos serviços de conectividade com maior celeridade, importante para fortalecer a infraestrutura espacial e garantir maior autonomia técnica ao programa espacial angolano.
Através de memorando, o GGPEN uniu‐se à Otchiva – Protecção e Restauração dos Mangais em Angola, com o objetivo de mapear e proteger novas áreas de mangais. Graças ao AngoSat-2, será possível realizar observações de alta resolução em todo o litoral, contribuindo para a conservação ambiental e para a recuperação dos ecossistemas costeiros que desempenham papel fundamental na biodiversidade e na mitigação de eventos climáticos.
O projeto de mapeamento dos mangais é financiado pela Equinor Angola num total estimado de 150 mil dólares, válido por um ano. Esta parceria público‐privada exemplifica o compromisso do setor energético com a sustentabilidade ambiental. Além disso, reforça a importância de integrar dados de satélite ao planejamento de ações de restauração ecológica e de gestão costeira, promovendo maior eficácia e transparência nas intervenções.
Para o diretor‐geral do GGPEN, Zolana João, os acordos assinam o compromisso do Executivo em garantir acesso amplo aos serviços do AngoSat-2. Ele destacou a longa parceria com a ITA e sublinhou que a formalização reforça a troca de serviços de forma mais rápida. Analistas afirmam que essas iniciativas podem impulsionar o desenvolvimento tecnológico e apoiar políticas públicas em áreas remotas.
