Presidência desmente tentativa de suborno a Adalberto Costa Júnior e desafia-o a apresentar provas

Os Órgãos de Apoio ao Presidente da República, se manifestaram publicamente nesta terça-feira, 08 de Julho, para desmentir às declarações do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que alegou ter sido abordado por “emissários” do Presidente João Manuel Lourenço, para apoiar uma eventual revisão constitucional que permitiria um terceiro mandato presidencial.

Por meio de uma nota de imprensa partilhada no seu perfil oficial do Facebook, a Presidência, nega categoricamente as acusações e desafia o líder da oposição a revelar publicamente os alegados interlocutores ou enfrentar consequências legais.

“Não corresponde à verdade que o Presidente da República tenha mandatado qualquer cidadão para abordar o Presidente da UNITA com vista a revisão da Constituição”, lê-se na nota.

A presidência lembra que a última revisão constitucional ocorreu em 2021, por iniciativa do Executivo, num momento em que o MPLA detinha maioria qualificada e não colocou em discussão a prorrogação de mandatos presidenciais.

A nota reforça ainda que, qualquer proposta constitucional só pode ser apresentada na Assembleia Nacional e que as insinuações de Adalberto Costa Júnior carecem de fundamento e responsabilidade institucional.

Além disso, a Presidência repudiou as insinuações de que Angola teria pago para assumir a Presidência da União Africana em 2025, afirmando que o processo obedece a um sistema de rotatividade regional, tendo a candidatura angolana sido aprovada por unanimidade na SADC.

“Insinuar que o nosso País tenha pagado para assumir tão importante e dignificante posição no quadro da União Africana é, não só irresponsável, como antipatriótico, porquanto mancha a imagem e o bom nome de Angola e descredibilizar a União Africana”, declarou.

Dada a gravidade das declarações, a nota avança também que, poderão ser acionados mecanismos legais e constitucionais para responsabilização civil e criminal de Adalberto Costa Júnior, caso o mesmo não apresente as provas das acusações.

O documento finaliza com críticas ao “histórico” do líder da UNITA, relembrando outras alegações sem provas, como a de um suposto túnel entre a sede da CNE e o Palácio Presidencial, e desafia o político a provar a sua existência publicamente.

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