Trump planeja proibir entrada de angolanos nos EUA
Por TopAngola ·

Resumo:
Administração Trump avalia incluir Angola entre os 36 países com entrada proibida ou restrita nos EUA, citando falhas na segurança de documentos.
Pontos-chave:
Em 16 de junho de 2025, a Reuters divulgou um documento interno do Departamento de Estado dos EUA que revela a intenção da Administração Trump de listar Angola entre os países cujos cidadãos podem ter entrada proibida ou restrita nos Estados Unidos. A proposta integra uma ampliação de 12 para 36 nações, no âmbito de medidas mais duras contra a imigração irregular.
A decisão baseia-se em preocupações com a segurança de documentos nacionais e passaportes, incluindo formato e processos de emissão. Subscrito por Marco Rubio, indica deficiências que põem em risco a identidade dos viajantes. O texto cita países de África, Ásia e América Latina, totalizando 36 nações sujeitas a restrições, e obriga o cumprimento de exigências em dois meses para evitar vetos ou proibições adicionais.
Esta proposta surge num contexto de forte repressão à imigração ilegal nos EUA, com uma vaga massiva de expulsões que gerou protestos em várias cidades americanas. Grupos de defesa dos direitos humanos criticam a medida como discriminatória, alegando que penaliza populações vulneráveis sem considerar parcerias diplomáticas recentes, como os avanços entre Luanda e Washington na administração Biden. A revisão pode estender-se a mais países além dos inicialmente conhecidos.
Além de Angola, integram a lista prevista São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Equatorial, ampliando o alcance das restrições a nações lusófonas. A implicação política preocupa líderes africanos, que podem ver abalada a cooperação em matéria de vistos e mobilidade. Washington impõe prazos e condições de segurança documental e informação consular. As autoridades definem requerimentos sobre autenticação e emissão de passaportes, sob pena de bloqueio total ou parcial.
Analistas alertam para o impacto económico e diplomático desta política, especialmente em fluxos turísticos e negócios entre EUA e África. A medida pode gerar retaliações, influenciar negociações comerciais e afetar perceção internacional dos EUA. Observa-se potencial tensão nas relações bilaterais e possíveis ajustes no programa de vistos de estudantes, profissionais e parcerias académicas. Governamentais e programas de intercâmbio cultural também poderão ser revisados.