Angola e China avaliam positivamente parceria de cooperação estratégica global

Angola e a República Popular da China avaliaram, hoje, em Changsha, província de Hunan, positivamente a parceria de cooperação estratégica global, marcada por amizade duradoura, colaboração solidária e vantagens mútuas.
Esta posição consta de um comunicado conjunto entre Angola e a República Popular da China, após uma reunião entre o ministro Téte António, e o seu homólogo chinês, Wang Yi, à margem da Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados do Fórum de Cooperação China-África, que se realiza de 10 a 12 deste mês .
Segundo o comunicado, as partes concordaram em reforçar o apoio recíproco em questões que envolvem os interesses fundamentais e as principais preocupações de cada parte, no quadro de uma abordagem sobre relações China-Angola, China-África, bem como temas internacionais e regionais de interesse comum.
"A parte chinesa reitera o apoio firme à escolha independente do povo angolano do caminho para o desenvolvimento em conformidade com as condições nacionais, e aos esforços de Angola na salvaguarda da independência, soberania, segurança e interesse nacional", salienta a nota.
No comunicado, a parte angolana reitera o firme apoio ao Princípio de Uma Só China, reconhece que Taiwan é uma parte integrante e inalienável do território chinês.
Angola, acrescnta o documento, opõe-se a qualquer forma de “independência de Taiwan” e apoia firmemente todos os esforços do governo chinês para alcançar a reunificação nacional.
Os dois países reconheceram que, sendo o desenvolvimento dos direitos humanos uma causa comum de toda a humanidade, e os direitos à subsistência e ao desenvolvimento priorizados como direitos humanos fundamentais, os intercâmbios e cooperações na área devem ser desenvolvidos com base no respeito mútuo e na igualdade de tratamento.
"O respeito à soberania, à independência e à integridade territorial, bem como a não-interferência em assuntos internos de um país são as normas básicas das relações internacionais. Assuntos relativos a Xinjiang, Hong Kong e Xizang são assuntos internos da China", refere.
As partes, pode ler-se ainda na nota, opõem-se à politização e ao duplo padrão nas questões dos direitos humanos, assim como à interferência sob tal pretexto nos assuntos internos dos dois países, bem como no domínio da cooperação entre os países.
A parte angolana aprecia o cumprimento activo pela parte chinesa das obrigações internacionais, incluindo no domínio dos direitos humanos e as contribuições chinesas para a causa dos direitos humanos, sublinha.