Angola media acordo histórico de paz RDC-Rwanda
Por TopAngola ·
Resumo:
Presidente da UA saúda acordo de paz entre RDC e Rwanda, mediado por Angola e EUA. O pacto prevê recuo de tropas e mecanismo de segurança.
Pontos-chave:
Em 27 de junho de 2025, na Casa Branca em Washington, realizou-se a assinatura do acordo de paz entre a República Democrática do Congo e o Rwanda, sob mediação de Angola e com apoio da administração dos Estados Unidos. O Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, esteve presente, assim como o secretário de Estado Marco Rubio e representantes diplomáticos dos dois países africanos.
O ato formal contou com assinatura de uma Declaração de Princípios que destaca o respeito pela integridade territorial da RDC e a cessação das hostilidades nas províncias de Kivu Norte e Sul. Angola auxiliou no diálogo direto entre o Governo congolês e o grupo rebelde M-23, e contribuiu para a neutralização das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, abrindo caminho para a estabilização regional.
Segundo o comunicado do Presidente João Lourenço, espera-se que as partes envolvidas honrem integralmente os compromissos assumidos no pacto de paz, concluindo todas as etapas pendentes do processo de resolução definitiva do conflito. Ele sublinhou que a paz beneficia todo o continente africano e que Angola, como país vizinho e comprometido, desempenhou papel essencial na consolidação de uma solução duradoura.
O tratado estabelece a retirada das tropas rwandesas da RDC num prazo de 90 dias e a formação de um mecanismo conjunto de segurança para monitorar o cumprimento do recuo. Prevê-se também a desmobilização, desarmamento e integração dos grupos armados, bem como a criação de iniciativas para o regresso de refugiados e deslocados internos às suas regiões de origem, garantindo ambiente estável.
A assinatura contou com apoio internacional que incluiu não apenas os Estados Unidos e a União Africana, mas também o Qatar, refletindo o compromisso global com a estabilidade africana. Analistas destacam que este acordo pode impulsionar investimentos regionais em cadeias de minerais críticos, fortalecer o comércio inter-regional e consolidar a influência diplomática de Angola na mediação de crises no continente.
