AFC/M23 avalia termos para cessar-fogo na RDC
Por TopAngola ·
Resumo:
Delegação do AFC/M23 vai ao Qatar avaliar cessar-fogo e libertação de prisioneiros na RDC, condicionando negociações à implementação dos termos.
Pontos-chave:
In 19 de julho de 2025, o M23 e o Governo da RDC assinaram a Declaração de Princípios, mediada pelo Qatar, estabelecendo um âmbito de negociações. Uma delegação técnica do AFC/M23, liderada pelo coordenador adjunto Bertrand Bisimwa, prepara-se para viajar ao Qatar com o objetivo de avaliar as propostas de cessar-fogo e a libertação de prisioneiros, cruciais para o progresso do processo de paz.
Bertrand Bisimwa destacou em sua conta no X que a missão avaliará os arranjos práticos definidos na Declaração de Princípios, incluindo cronogramas para o cessar-fogo e detalhes sobre a liberdade de presos. O estabelecimento dessas medidas de confiança é considerado indispensável pela AFC/M23 para garantir a retomada das conversações com o Governo congolês, reforçando a necessidade de ações concretas antes de prosseguir.
As duas delegações tinham data marcada para se reunir em Doha em 8 de agosto, visando negociar um acordo final de paz até 18 de agosto. Contudo, nenhum dos representantes compareceu ao encontro, gerando incertezas sobre a viabilidade do processo. A ausência em reunião tão crucial evidencia a tensão entre as partes e destaca o papel essencial dos mecanismos de verificação previstos na Declaração de Princípios.
O AFC/M23 insistiu que a efetiva libertação de prisioneiros e o estabelecimento do cessar-fogo são pré-requisitos inegociáveis para a continuidade das tratativas. Segundo o comunicado da organização, o respeito aos termos acordados não só reforça a confiança mútua, como também cria condições necessárias para avançar no diálogo político, abordando as causas profundas do conflito na RDC. Essa posição reforça a abordagem do Qatar como fórum central para negociações multilaterais.
No domingo, representantes do M23 e do governo reafirmaram total comprometimento com o Processo de Paz, destacando que as negociações em Doha constituem o quadro adequado para tratar das raízes do conflito. Ambos os lados expressaram otimismo quanto à possibilidade de firmar um tratado de paz abrangente e duradouro, confiantes de que avanços concretos nas medidas de confiança abrirão caminho para a estabilidade na região.
