Sexta-feira, Julho 18
Resumo

Indigência e risco de convulsões sociais em Angola

Por TopAngola ·

2 min leitura
Indigência e risco de convulsões sociais em Angola

Resumo: 

Bispos da CEAST alertam para indigência familiar e convulsões sociais em Angola. Protestos são reprimidos com uso excessivo da força policial.

Pontos-chave:

  • Em 17 de julho de 2025, a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) divulgou nota de reflexão pastoral onde manifesta profunda preocupação com a indigência de grande parte das famílias angolanas. Os bispos destacam que o aumento dos preços dos combustíveis e serviços básicos tem exacerbado a crise, deixando cidadãos vulneráveis sem alternativas para garantir necessidades essenciais diárias diante deste cenário crítico.

  • Em resposta, a CEAST alerta para o risco de convulsões sociais se não houver concertação entre governo e sociedade civil. Os bispos recomendam diálogo inclusivo antes de implementar medidas económicas, sugerindo revisão de tarifas de transportes urbanos e impostos. Sem estas ações, a mobilização popular pode intensificar-se, colocando em perigo a estabilidade e a coesão social de várias províncias angolanas com vistas a evitar confrontos futuros.

  • Na última semana, o aumento do preço do gasóleo de 300 para 400 kwanzas por litro impulsionou o reajuste das tarifas de táxis colectivos e autocarros urbanos, passando para 300 e 200 kwanzas respectivamente. Esta decisão motivou manifestações em Luanda, que foram reprimidas pela polícia com gás lacrimogéneo, resultando em detenções, feridos e casos de desmaios entre manifestantes conforme relataram os ativistas locais.

  • Para repudiar a situação socioeconómica, ativistas agendaram novos protestos em várias províncias para os dias 19 e 26 de Julho. Os bispos consideram esta mobilização expressão da legítima indignação popular e advertiram para o perigo de uso excessivo da força policial. Alertam que o contexto se agrava com a proximidade dos 50 anos de independência, em 11 de Novembro, exigindo soluções urgentes.

  • A Conferência Episcopal exorta o Governo a rever as medidas económicas que penalizam principalmente as camadas mais vulneráveis, promovendo concertações sociais eficazes antes de imposições unilaterais. Os religiosos salientam que políticas equilibradas são essenciais para restaurar o poder de compra e assegurar dignidade aos cidadãos, evitando assim convulsões que podem comprometer a paz social e o desenvolvimento económico de Angola com diálogo construtivo e participação cidadã.

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