Angola preserva ações na Galp e no BCP
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola manterá participações estratégicas na Galp e no BCP, afirmou José de Lima Massano, que apelou a mais investimento português e foco na produção nacional.
Pontos-chave:
Em entrevista ao Jornal de Negócios, o ministro de Estado José de Lima Massano afirmou que Angola manterá as participações na Galp (via Amorim Energia) e no Banco Comercial Português, descrevendo-as como "importantes activos externos". Segundo ele, tais posições asseguram influência nos sectores energético e financeiro internacionais e permanecerão intactas durante a actual legislatura.
O Estado angolano, através da Sonangol, possui 19,49 % do capital do BCP, sendo o segundo maior accionista. Na Galp, o controlo é indirecto: a Amorim Energia, onde a petrolífera angolana tem quota relevante, detém 36,7 % da petrolífera portuguesa, facto que reforça a estratégia de diversificação fora do país.
Massano explicou que manter esses investimentos ajuda a diversificar receitas em moeda forte, proteger reservas internacionais e apoiar a internacionalização de empresas nacionais. A decisão complementa o Programa de Privatizações doméstico, mostrando que apenas activos considerados estratégicos no exterior ficarão fora da agenda de alienações.
O governante apelou a mais investimento português em Angola, sobretudo nos sectores agrícola, industrial e de bens transaccionáveis, para acelerar o crescimento sustentável. Argumentou que capitais lusos podem beneficiar de reformas regulatórias recentes e de uma economia angolana que procura parceiros de longo prazo em cadeias de valor completas.
Focalizado na produção interna, o Executivo quer garantir segurança alimentar e criar empregos. Massano assinalou que a política fiscal e cambial continuará a privilegiar estabilidade macroeconómica, condição que considera essencial para atrair novos investidores e fortalecer as já densas parcerias económicas luso-angolanas.