Angola reage à morte do Papa Francisco
Por TopAngola ·

Resumo:
João Lourenço e líder da UNITA lamentam a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025 e realçam o legado de justiça, paz e esperança.
Pontos-chave:
Em 21 de abril de 2025, o Papa Francisco morreu aos 88 anos na residência Domus Sanctae Marthæ, no Vaticano, provocando ondas de pesar em todo o mundo. Angola reagiu de imediato: Governo, oposição e fiéis católicos — cerca de 41 % da população angolana — partilharam mensagens de condolências e destacaram o pontífice como voz incansável pela paz, justiça social e diálogo.
O Presidente João Lourenço enviou nota oficial ao Vaticano classificando a morte como “um duro golpe para o mundo”. Segundo ele, Francisco foi “líder comprometido com a paz” e desafiou a Igreja a enfrentar “inquietações do mundo moderno”. Lourenço sublinhou a coragem do Papa em rever posturas sobre diversidade e prometeu manter vivo o exemplo de abertura aos mais vulneráveis.
O chefe da oposição, Adalberto Costa Júnior (UNITA), lembrou encontro privado de agosto de 2024 com Francisco, que chamou de “farol de esperança num mundo mergulhado em sombras”. Destacou a humildade do pontífice, amor pelos pobres e reforma interna da Igreja. Pediu que angolanos se unam em oração e renovem o compromisso por governação transparente e bem comum, visando um desenvolvimento duradouro.
Meios de comunicação angolanos sublinharam que Francisco criou 9 cardeais africanos e visitou o continente cinco vezes, reforçando voz do Sul Global. Analistas afirmam que seu legado inclui defesa do ambiente (encíclica Laudato Si’), críticas às guerras lucrativas e promoção de economias inclusivas. As instituições religiosas locais planeiam vigílias e recolha de donativos para iniciativas sociais inspiradas pelo Papa durante esta semana.
O Vaticano prepara funerais para 26 de abril, com chefes de Estado, incluindo Lourenço, previstos em Roma. Em Angola, dioceses vão transmitir a missa exequial em ecrãs públicos e tocar sinos durante 10 minutos à hora da inumação. Líderes civis e religiosos esperam que a etapa de luto motive políticas mais justas, inclusivas e fortaleça o diálogo inter-religioso em todo o país.