Sábado, Agosto 16
Resumo

Surto de Cólera em Angola: Desafios e Resposta

Por TopAngola ·

2 min leitura
Surto de Cólera em Angola: Desafios e Resposta

Resumo: 

Angola enfrenta um surto de cólera com 24.669 casos e 720 mortes. Governo e parceiros mobilizam forças sanitárias e reforçam medidas de prevenção.

Pontos-chave:

  • Em 4 de junho de 2025, Angola contabilizou 24.669 casos de cólera desde janeiro, com 720 óbitos reportados em 18 províncias. As regiões mais afetadas incluem Cuanza Sul, Namibe, Huíla e Luanda. O Ministério da Saúde atualiza diariamente o balanço, ressaltando a importância da vigilância epidemiológica e do reforço das unidades de saúde para diagnóstico e atendimento oportuno dos pacientes.

  • As províncias de Cuanza Sul (52 novos casos), Namibe (47) e Huíla (17) lideram as notificações diárias. Embora 20 países africanos enfrentem surtos, Angola, RDC, Sudão e Sudão do Sul concentram 83% dos casos e 92% das mortes. A disparidade entre casos confirmados e estimados reforça a necessidade de testes laboratoriais e de maior capilaridade dos serviços de saúde comunitários.

  • O principal vetor de transmissão são água e alimentos contaminados, agravados pela falta de saneamento básico. Especialistas ressaltam que a vacinação oral é eficaz, mas ainda insuficiente para a cobertura nacional. Investimentos em infraestrutura de água potável e campanhas de higiene, como lavagem de mãos e purificação local, são fundamentais para interromper a cadeia de transmissão comunitária do vibrio cholerae.

  • O Governo angolano implementou medidas de vigilância ativa, distribuindo soros de reidratação oral e antibióticos nas unidades de saúde. Equipes móveis monitoram áreas rurais e urbanas, enquanto centrais de dados do Minsa processam informações em tempo real. Parcerias com organismos internacionais e ONGs ampliam a capacidade de resposta e treinam profissionais em protocolos de tratamento recomendados pela OMS e fortalecem a coordenação intersetorial entre saúde, saneamento e educação.

  • O Presidente João Lourenço enfatizou em fórum da União Africana a necessidade de produção local de vacinas e medicamentos, reduzindo dependência de importações. Líderes africanos concordam na urgência de investimentos estruturais em água, saneamento e saúde pública. A mobilização nacional, apoio comunitário e conscientização da população são vistos como chaves para consolidar ganhos e prevenir novos surtos de cólera em Angola.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos