Terça-feira, Junho 10
Resumo

Angola e UE reforçam agenda comum

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Angola e UE reforçam agenda comum

Resumo: 

Luanda e UE alinham posições sobre cimeira UA-UE, Fórum Global Gateway e Corredor do Lobito, reforçando diálogo político e investimento sustentável.

Pontos-chave:

  • Em 30 de abril de 2025, a secretária de Estado angolana Esmeralda Mendonça recebeu a embaixadora da União Europeia, Rosário Bento Pais, para “aprofundar a cooperação bilateral e multilateral”. O encontro em Luanda abriu espaço para alinhar agendas e confirmou que Angola e UE querem dar novo impulso político à sua parceria, activa desde 2012 com sucessivos acordos sectoriais.

  • As diplomatas revisaram temas-chave da próxima Cimeira União Africana–União Europeia, prevista para 2025: paz e segurança, governação, comércio, migração e desenvolvimento sustentável. A UE sinalizou que quer ver Angola mais envolvida nas missões regionais de segurança, enquanto Luanda busca ampliar acesso ao mercado europeu para produtos agrícolas e minerais de transição energética.

  • Ficou acordado convocar a 7.ª Reunião Ministerial do Caminho Conjunto Angola–UE, mecanismo de diálogo criado em Julho de 2012. A sessão anterior ocorreu em 10 de Dezembro de 2023, também em Luanda. As partes projectam aprovar um plano de acção trienal com metas claras para investimento verde, capacitação digital e aproximação regulatória em serviços financeiros.

  • Luanda e Bruxelas prepararam ainda a presença angolana no 2.º Fórum Global Gateway, marcado para Junho, em Bruxelas. O fórum reunirá governos e privados para financiar infra-estruturas sustentáveis. Angola pretende apresentar carteiras avaliadas em USD 4 mil milhões nas áreas de energia renovável e logística, esperando captar capital europeu com juros bonificados e transferência de tecnologia.

  • No centro das conversas esteve o Corredor do Lobito, descrito como “o maior projecto estratégico do país”. A via férrea e portuária liga o Atlântico ao interior da África Austral, reduzindo em 40 % o tempo de trânsito regional. A UE confirmou estudo para injectar €300 milhões adicionais no corredor, classificado como espinha dorsal da conectividade sul-sul-norte.

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