Parlamento repudia ataque a deputado no Huambo
Por TopAngola ·

Resumo:
Assembleia Nacional repudia ataque a deputado da UNITA no Huambo e exige investigação urgente, imediata e responsabilização dos autores.
Pontos-chave:
Em 3 de junho de 2025, a Assembleia Nacional reagiu ao ataque sofrido pelo deputado Apolo Yakuvela, do grupo parlamentar da UNITA, no município de Galanga, província do Huambo. O incidente ocorreu durante deslocação oficial para implementar novas estruturas político-administrativas, gerando condenação unânime da plenária e apelos para prevenção de violência política neste cenário de disputa. Líderes partidários ressaltaram necessidade de garantir segurança e liberdade parlamentar.
A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, emitiu nota oficial lamentando o episódio e expressando solidariedade ao parlamentar ferido. No comunicado, ela apelou aos órgãos competentes para adoção de “medidas necessárias” visando o esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos autores, reforçando a postura intransigente contra qualquer forma de violência política em territórios eleitorais. Este posicionamento unânime entre representantes do MPLA, UNITA e partidos menores, destacando no combate à impunidade.
Segundo a UNITA, a delegação parlamentar teria sido emboscada por indivíduos atribuídos ao MPLA, num ato descrito como tentativa de impedir o exercício pacífico da atividade política. O partido classificou a agressão como um grave atentado ao Estado democrático de direito e alertou para o risco de retrocessos caso episódios de intolerância política não sejam coibidos com rigor. Observadores internacionais acompanharão investigações para garantir transparência e evitar impunidade.
O incidente recorda ataque similar de abril de 2024, quando uma caravana de deputados da UNITA sofreu violência no Cuando Cubango, resultando em dez feridos. Na ocasião, o Parlamento também protestou e demandou punição exemplar. Esses episódios revelam padrão de intolerância política contra opositores, evidenciando desafios para consolidação de um espaço eleitoral plural e seguro em Angola. Entidades de direitos humanos pediram proteção reforçada a representantes e vigilância contra abusos.
Os deputados realizaram protestos formais na Assembleia Nacional, exigindo ações concretas para reforçar a segurança parlamentar e assegurar respeito ao processo democrático. Analistas alertam que, sem resposta efetiva, a escalada de ataques pode minar confiança pública e desencorajar participação política, prejudicando o fortalecimento institucional em Angola. O episódio reforça urgência de diálogo multipartidário e revisão de protocolos de segurança para proteger mandatários de possíveis retaliações.