40 mortos em campo de refugiados no Sudão
Por TopAngola ·

Resumo:
Um ataque das Forças de Apoio Rápido em Abu Shouk, Darfur, matou 40 civis e feriu 19, agravando a crise humanitária no Sudão.
Pontos-chave:
Em 12 de agosto de 2025, paramilitares das Forças de Apoio Rápido invadiram o campo de refugiados de Abu Shouk, situado nos arredores de El Fasher, Darfur do Norte. Segundo organizações locais, o ataque foi coordenado e atingiu residências e abrigos improvisados, pegando civis de surpresa e gerando pânico generalizado entre os moradores. Testemunhas relatam tiros contínuos por várias horas antes da retirada dos atacantes.
Eles mataram pelo menos 40 pessoas e feriram 19, de acordo com o registro das equipes médicas no local. As vítimas incluíam mulheres, crianças e idosos, com muitos atingidos dentro de suas próprias tendas. Hospitais improvisados receberam os feridos, enquanto voluntários e organizações humanitárias tentavam socorrer os sobreviventes em meio a dificuldades logísticas. A ação agrava a crise, dificultando ainda mais o acesso a água e alimentos.
Os confrontos entre o exército sudanês, liderado por Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido, sob Mohamed Hamdan Dagalo, começaram em abril de 2023. A disputa pelo controle político e territorial de Cartum espalhou a violência por todo o país, transformando várias regiões em zonas de guerra e forçando milhões a abandonar suas casas. Em Darfur, já havia fome severa em alguns campos, agravando o sofrimento dos deslocados.
Organizações internacionais, como a ONU e várias ONG, condenaram veementemente o ataque e pedem acesso imediato ao campo para assistência. Ativistas locais classificaram as ações como “violações horríveis contra civis indefesos”. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados alertou para o risco de colapso de serviços básicos, enquanto agências de ajuda solicitam corredores humanitários seguros para entregar alimentos, água e medicamentos.
A escalada da violência em Abu Shouk reforça a necessidade de intervenções internacionais urgentes. Especialistas alertam para o risco de uma crise regional, com deslocamentos em massa e colapso do sistema de saúde. A comunidade global é instada a apoiar esforços de reconstrução e garantir responsabilidade pelos crimes cometidos. Organizações de direitos humanos pedem monitoramento contínuo e investigação independente dos responsáveis pelo ataque.