Indignação com aumento da tarifa de táxi em Luanda
Por TopAngola ·

Resumo:
Cidadãos de Luanda enfrentam lotação em pontos de táxi coletivos após aumento da tarifa de 200 para 300 kwanzas, gerando indignação e dúvidas sobre a medida. Estudantes e passageiros denunciam o impacto econômico e exigem esclarecimentos das autoridades.
Pontos-chave:
Em 8 de julho de 2025, a Associação Nacional dos Transportes Terrestres anunciou o aumento da tarifa de táxi coletivo de 200 para 300 kwanzas, medida que entrou em vigor no início da semana. A mudança, justificada pelos custos operacionais dos taxistas, entrou em vigor sem aviso prévio, surpreendendo milhares de usuários que dependem do serviço para seus deslocamentos diários.
Nos principais pontos de embarque em Viana e no centro de Luanda, observou-se enxurrada de passageiros aguardando coletivos, muitos deles informados da mudança apenas pela manhã. Essa situação resultou em longas filas e atrasos em rotas essenciais para trabalho, estudo e compromissos médicos, gerando indignação pelos transtornos e questionamentos sobre a falta de comunicação adequada. Situação agravou-se com o calor e a falta de abrigos, expondo a vulnerabilidade dos usuários.
O Movimento dos Estudantes de Angola emitiu nota repúdio, classificando o aumento como socialmente injusto para jovens que dependem do serviço. Em documento divulgado nas redes sociais, representantes estudantis exigem revisão imediata da tarifa e destacam o risco de exclusão social. Lideranças afirmam que muitos serão forçados a abandonar atividades acadêmicas e profissionais pela falta de recursos, aprofundando desigualdades já existentes e restringindo o acesso a serviços básicos.
Passageiros criticam também falta de documento oficial assinado; circula autorização sem carimbo nem assinatura, ampliando dúvidas sobre a legalidade. Nas redes sociais, frase como “Não vejo motivo” viralizou, refletindo revolta. Usuários afirmam que medida agrava a crise de transporte urbano, afetando famílias que dependem do táxi para levar filhos à escola e cumprir horários de trabalho. A pressão popular cresce à medida que se aguardam posicionamentos oficiais.
Autoridades públicas ainda não se pronunciaram de forma oficial sobre recursos ou alternativas de transporte. Especialistas em mobilidade recomendam revisão gradual das tarifas, com subsídios direcionados a estudantes e trabalhadores de baixa renda. Eles sugerem também investimentos em transportes coletivos alternativos e implementação de aplicativos de carona compartilhada regulada, visando diminuir o impacto financeiro e otimizar deslocamentos urbanos. Além disso, propõem diálogos com a sociedade civil e consultas para engajamento.