Sábado, Agosto 16
Resumo

UNITA recusa revisão constitucional pré-eleições

Por TopAngola ·

2 min leitura
UNITA recusa revisão constitucional pré-eleições

Resumo: 

Adalberto Costa Júnior rejeita revisão constitucional antes das eleições. Afirma ter sido abordado por emissários para apoiar um terceiro mandato.

Pontos-chave:

  • Em 7 de julho de 2025, na III edição das conversas Economia 100 Makas, o jornalista Carlos Rosado de Carvalho questionou Adalberto Costa Júnior sobre a revisão constitucional. O líder da UNITA afirmou que já foi procurado por emissários para apoiar um terceiro mandato, mas reafirmou seu compromisso de não aceitar qualquer proposta que antecipe mudanças antes das eleições em Angola.

  • Segundo Costa Júnior, as abordagens ocorrem por meio de emissários e envelopes com ofertas, prática recorrente no país. Ele destacou que a Constituição angolana limita o mandato presidencial a dois termos de cinco anos, garantindo alternância democrática. Qualquer alteração antes do pleito poderia levar à anulação de mandatos cumpridos, conforme exemplo histórico que, na visão da UNITA, não serviria aos interesses de Angola.

  • O presidente João Lourenço encontra-se em segundo mandato, o que impede legalmente qualquer extensão. Costa Júnior ressaltou que não houve contato direto com o Chefe de Estado, mas sim por intermediários que negaram envolvimento oficial. Esta estratégia, segundo ele, busca manter grupos no poder sem respeito ao processo democrático, criando um cenário de receio já instalado quando se aproxima o término dos mandatos.

  • Apesar da rejeição imediata, Costa Júnior defendeu a necessidade de revisão constitucional em momento oportuno, associando-a ao projeto de alternância política. Ele frisou que é indiscutível a necessidade de modernizar a Carta Magna, mas sem favorecer interesses de poder imediato. A UNITA propõe que mudanças ocorram após o pleito, garantindo transparência, participação popular e evitando riscos de impugnações legais que comprometam estabilidade política.

  • Em seu discurso, o líder da UNITA também criticou alterações legais em tramitação na Assembleia Nacional, qualificadas como não democráticas, e apontou a criação de novos partidos como estratégia para fragmentar a oposição. Destacou propostas de reforma do Estado focadas em desburocratização, despartidarização e maior transparência. Para Costa Júnior, o verdadeiro objetivo é mudar o sistema e fortalecer instituições independentes em Angola.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos