BM libera USD 50 mi ao projecto Diversifica Mais
Por TopAngola ·

Resumo:
Banco Mundial desembolsou 50 M USD dos 300 M previstos para o “Diversifica Mais”, que reforça infra-estruturas e crédito a PME ao longo do Corredor do Lobito.
Pontos-chave:
O projecto angolano “Diversifica Mais”, focado no Corredor do Lobito, registou o primeiro desembolso do Banco Mundial: 50 milhões de dólares. O montante cobre 17,5 % da verba total de 300 milhões prevista para seis anos e permitirá acelerar obras já 20 % concluídas, segundo o director Laércio Cândido. As prioridades incluem guichês únicos, conservatórias e ligações logísticas que facilitem novos negócios sustentáveis.
Entre Benguela, Huambo, Bié, Moxico e o recém-criado Moxico Leste, equipes já constroem e reabilitam instalações do Guiché Único das Empresas e conservatórias prediais. Essas infra-estruturas visam “reduzir burocracia e cortar custos de licenciamento”, permitindo que pequenos empreendedores formalizem operações perto dos eixos ferroviários e rodoviários do Lobito, fortalecendo cadeias logísticas regionais e atraindo investimento privado nacional e estrangeiro de médio porte.
Outra vertente central é o acesso a financiamento. Estudos em curso vão alimentar o Fundo de Garantia de Crédito, possibilitando empréstimos comerciais a cerca de 250 empresas-piloto, metade lideradas por mulheres do agro-negócio. “Queremos que o capital chegue a quem produz,” frisou Cândido, notando que capacitações acompanharão o crédito para elevar produtividade e governança, acrescidas de assistência técnica e acesso a mercados regionais.
Para garantir sustentabilidade, o programa inclui revisão legislativa em prevenção ao branqueamento de capitais e à saída ilícita de recursos. Técnicos dos ministérios do Planeamento e das Finanças trabalham com especialistas do Banco Mundial em due diligence e padronização de relatórios, criando um ambiente de negócios mais transparente e confiável para investidores internos e externos no período de implementação restante.
Até 2030, o ‘Diversifica Mais’ planeia impactar dez mil micro, pequenas e médias empresas, com ênfase no empreendedorismo feminino ao longo dos 1 300 km do corredor. Se as metas forem cumpridas, o Banco Mundial poderá liberar parcelas adicionais em ritmo semestral. A próxima missão de supervisão está marcada para novembro, quando se avaliará avanço físico e financeiro.