BNA eleva limites e regista superávit externo
Por TopAngola ·
Resumo:
BNA elevou o limite diário de levantamentos em ATM e TPA para 180 mil Kwanzas e registou superávit no segundo trimestre de 2025, reforçando controlo.
Pontos-chave:
Em 10 de setembro de 2025, o Banco Nacional de Angola anunciou a revisão dos limites diários de levantamentos em caixas automáticos (ATM) e Terminais de Pagamento Automático (TPA). O novo teto foi ajustado de 120 mil para 180 mil Kwanzas, buscando mitigar riscos operacionais e fortalecer a confiança dos utilizadores nos serviços bancários eletrónicos do país.
Segundo o relatório do BNA, o saldo da conta corrente apresentou um superávit de 294,4 milhões USD, equivalente a 0,8% do PIB no segundo trimestre. O indicador refletiu uma contração de 45,4% face ao período anterior, principalmente devido à redução de 8,6% na conta de bens e ao agravamento das transferências correntes e dos rendimentos primários. Apesar disso, observou-se um desagravamento de 9,6% no saldo deficitário da conta de serviços.
A conta capital e financeira registou um superávit de 238,9 milhões USD, invertendo o défice de 955,0 milhões USD do trimestre anterior. Este resultado foi atribuído ao desempenho positivo dos fluxos líquidos de investimento direto, segundo o BNA, que também destacou o aumento dos passivos com não residentes. Além disso, a variação reflete as estratégias do regulador para otimizar reservas internacionais e garantir estabilidade cambial.
A partir do Aviso n.º 09/24, de 19 de dezembro, o BNA revogou limites anteriores para alinhar as instituições financeiras às melhores práticas internacionais. A decisão pretende mitigar riscos operacionais, agilizar transações e fortalecer as defesas do sistema de pagamentos eletrónicos contra fraudes e ataques cibernéticos. Em paralelo, o teto cumulativo diário agora somará todos os levantamentos em ATM e TPA, promovendo transparência nos extratos bancários dos clientes.
Analistas do setor consideram que as medidas do BNA podem incentivar a utilização de canais eletrónicos, reduzir custos de operação e aparentar maior liquidez nas reservas. Contudo, alertam para a necessidade de monitoramento contínuo do fluxo cambial e de políticas complementares para sustentar a trajetória de crescimento económico em Angola. Diante de cenários globais voláteis, a gestão prudente das reservas fortalecimento institucional serão cruciais para manter a estabilidade macroeconómica.
