Polónia derruba drones russos e reação da NATO
Por TopAngola ·

Resumo:
Polónia abateu drones russos no seu espaço aéreo, tornando-se o primeiro membro da NATO a disparar. Aliados acusaram Moscovo e acionaram o Artigo 4.
Pontos-chave:
Em 10 de setembro de 2025, na madrugada, mais de dez drones russos invadiram o espaço aéreo polaco. As Forças Armadas da Polónia, apoiadas por caças F-35 aliados, derrubaram múltiplos alvos, marcando a primeira vez que um membro da NATO disparou em defesa do seu território desde a Segunda Guerra Mundial. O incidente elevou o tom das tensões entre Moscovo e a Aliança.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, descreveu o ataque como uma “provável provocação em grande escala” e assegurou que não há indícios de escalada até à guerra total. Ele convocou uma reunião extraordinária do governo e acionou o Artigo 4 do tratado da NATO para consultas internas, sublinhando que a defesa conjunta é vital perante ações que ameaçam a integridade territorial de um Estado-membro.
A alta representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas, afirmou que os indícios apontam para um ato intencional de agressão russa. Em Estrasburgo, Ursula von der Leyen apelou a mais pressão e sanções a Moscovo, defendendo o corte de importações de energia. França e Itália, por sua vez, condenaram a violação do espaço aéreo polaco como “simplesmente inaceitável”.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, declarou estar em contato com Varsóvia e instou a Rússia a cessar ações precipitadas. Países como Suécia, Noruega e Letónia expressaram apoio incondicional à Polónia, sublinhando a necessidade de uma resposta coletiva euro-atlântica. O Reino Unido, representado por Keir Starmer, considerou o episódio “sem precedentes” e “irresponsável”, enquanto Moscovo alegou erro de trajetória e ofereceu consultas diplomáticas.
O impacto doméstico foi imediato: danos materiais leves em edifícios residenciais em Wyryki e fragmentos recolhidos em Lublin. O Aeroporto de Varsóvia suspendeu voos durante horas, enquanto o ministro alemão, Boris Pistorius, denunciou a incursão como “inaceitável” e destacou que não houve evidências de sobrevoo acidental. Analistas alertam para possível escalada militar se incidentes similares se repetirem.
5 Fontes
Ucrânia: Polónia abate drones russos e torna-se primeiro membro da NATO a disparar na guerra
França e Itália condenam entrada de drones russos na Polónia
Guerra na Ucrânia: membros da NATO reagem à ataques de drones russos à Polónia
Rússia/Ucrânia: Drones russos atravessam fronteira polaca – NATO avalia reacção à "ousadia" de Moscovo – Polónia reúne Conselho de Segurança Nacional e acciona art. 4º da Aliança Atlântica
Rússia/Ucrânia: Moscovo garante que não houve intenção de invadir espaço aéreo polaco depois de Varsóvia ter denunciado uma grave intromissão no seu território por drones russos