Sábado, Junho 28
Resumo

BNA impõe multas recorde a Yetu e BCI

Por TopAngola ·

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BNA impõe multas recorde a Yetu e BCI

Resumo: 

BNA multou Yetu em **Kz 1,0 bi** e BCI em **Kz 330,4 M** por falhas graves no combate ao branqueamento, reacendendo debate sobre controles bancários.

Pontos-chave:

  • Em 30 de abril de 2025, o Banco Nacional de Angola revelou multas de Kz 1,0 bi ao Banco Yetu e Kz 330,4 M ao BCI por «infrações especialmente graves» às normas de combate ao branqueamento. A decisão foi tomada a 11, 12 e 27 de março e publicada às 21h do dia 28. Os montantes somam Kz 1,33 bi, valor inédito no setor.

  • Os autos apontam falhas na avaliação de risco, identificação de clientes e cumprimento da diligência reforçada. Faltaram recursos, independência e segregação de funções nos controlos internos. O Yetu não travou transações suspeitas; o BCI ignorou alertas. Essas deficiências contaram para Angola voltar à lista cinzenta do GAFI, organismo que vigia branqueamento e financiamento ao terrorismo. Segundo o BNA, todo o setor será revisto.

  • O impacto é maior para o Yetu: a multa equivale a 80 % do lucro do 1.º trimestre, que caiu cerca de 80 % face ao trimestre anterior e 35 % ano-a-ano, ficando em Kz 1,251 bi. Dias antes, os acionistas demitiram todo o conselho de administração sem explicação. Fontes internas falam em “limpar a casa” antes de novas injeções de capital.

  • Para o BCI, a sanção de Kz 330,4 M veio com castigo pessoal: o ex-CEO João da Costa Ferreira pagará Kz 100 M e ficará três anos impedido de gerir instituições financeiras. O especialista Daniel Sapateiro define a medida como “histórica” e um aviso claro. Economista José Macuva destaca que houve riscos de financiar terrorismo e proliferação de armas, caso se repetissem falhas sistêmicas.

  • O BNA prometeu auditorias contínuas e planos de remediação trimestrais. A meta é provar, até 2026, que Angola cumpre padrões internacionais e sair da grey list. Investidores esperam maior transparência antes de novas privatizações bancárias. “Quem não alinhar será afastado”, advertiu o regulador. Os bancos terão de reforçar equipas de compliance, sistemas de monitoring e reporte público de riscos, sob pena de novas multas.

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