Cimeira EUA-África impulsiona investimentos
Resumo:
Angola reforça diplomacia económica na Cimeira EUA-África em Luanda para atrair investimentos em agroindústria, energias renováveis e tecnologia.
Pontos-chave:
Em 22 a 25 de junho de 2025, realiza-se em Luanda a Cimeira EUA-África, evento que visa estreitar laços económico-comerciais entre Angola, países africanos e os Estados Unidos. Durante quatro dias de conferências, exposições e reuniões bilaterais, delegações governamentais e empresariais exploram oportunidades de cooperação em energia, agricultura, infraestruturas, tecnologia, saúde e logística, fortalecendo a diplomacia económica angolana. Representantes de vários setores procuram parcerias de longo prazo para impulsionar projetos.
Angola tem reforçado a sua diplomacia económica para atrair capital estrangeiro, com ênfase em setores prioritários como agroindústria, energias renováveis, tecnologias de informação e transformação alimentar. O Embaixador Agostinho Van-Dúnem destacou a adaptação de reformas estruturais e melhorias no ambiente de negócios para favorecer investimentos norte-americanos. A política de promoção ativa inclui roadshows na diáspora africana e colaborações com câmaras de comércio e instituições financeiras internacionais.
Representantes do setor empresarial aguardam a criação de premissas sólidas para negócios bilaterais. Celso Rosas, presidente do porto do Lobito, prevê acordos e contratos que estimulem trocas de serviços, fornecimento de equipamentos e transferência de tecnologia. O evento deverá funcionar como um mercado vivo, permitindo às empresas angolanas expor produtos ao mercado norte-americano e estabelecer parcerias estratégicas para dinamizar a economia nacional e fomentar redes de colaboração intercontinental.
Durante o encontro, delegações discutem projetos estruturantes que combinam investimento em infraestrutura, logística e energias limpas. A agroindústria será impulsionada por financiamento competitivo e transferência de conhecimentos técnicos. As parcerias visam implementar sistemas avançados de irrigação, produção alimentar e energias renováveis, aumentando a produtividade local. O objetivo é criar cadeias de valor integradas que gerem emprego local e estimulem o desenvolvimento sustentável em Angola.
A diplomacia angolana intensifica o diálogo com instituições financeiras norte-americanas para assegurar linhas de crédito e fundos de investimento adequados. Espera-se que a Cimeira EUA-África fortaleça a confiança mútua e atraia capitais de risco, fundos soberanos e venture capital. Analistas apontam que a consolidação dessas relações pode elevar o perfil internacional de Angola, diversificar a economia e atrair novos parceiros estratégicos nos anos seguintes.
