Sábado, Agosto 16
Resumo

Cólera em Angola atinge 17 mil casos e 566 mortes

Por TopAngola ·

2 min leitura
Cólera em Angola atinge 17 mil casos e 566 mortes

Resumo: 

Surto de cólera em Angola entra no quarto mês, ultrapassa 17 mil infecções e soma 566 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde e OMS.

Pontos-chave:

  • Desde 7 de janeiro de 2025, o surto de cólera multiplicou-se e já atinge 17 das 21 províncias angolanas. Os dados consolidados, divulgados a 1 de maio, apontam para 17 258 casos acumulados e 566 mortes. A epidemia entra assim no quarto mês, sem sinal claro de abrandamento, segundo boletins diários do Ministério da Saúde. Neste momento, 710 pessoas permanecem internadas nos centros de tratamento.

  • Nas últimas 24 horas, o país notificou 267 novas infecções, com Benguela (101) e Luanda (55) no topo, seguidas de Cuanza Sul, Cuanza Norte e Namibe. O padrão confirma a expansão costeira e pelo corredor norte-sul. Receberam alta 262 pacientes, mas 5 novas vítimas elevaram o risco percebido, alertam técnicos de vigilância. Autoridades estimam que cada caso clínico represente pelo menos quatro infecções ocultas.

  • Luanda continua epicentro com 5 765 casos e 200 mortes, seguida por Benguela (3 569), Bengo (2 940) e Cuanza Norte (1 847). As províncias interiores como Huambo, Bié e Lunda Sul registam números baixos, mas a Organização Mundial da Saúde teme saltos rápidos devido ao frágil acesso a água potável. Vacinação oral emergencial cobre só parte dos distritos. Mobilização comunitária foca cloro em fontes e saneamento básico.

  • A OMS classifica o momento como “crítico”. Em coordenação com o governo, despachou equipas de resposta rápida, instalou novos centros de hidratação e enviou tanques de água tratada para bairros periféricos. Formam-se profissionais, distribui-se kit de testagem e lançam-se campanhas massivas de comunicação em rádios locais com o lema: “Lavar, ferver, vacinar”. Paralelamente, 1,2 milhão de doses da vacina oral aguardam liberação aduaneira em Luanda.

  • Estudos internacionais citados pelo Novo Jornal sugerem que apenas 1 em cada 4 casos chega ao laboratório, porque muitos pacientes são assintomáticos e os postos carecem de reagentes. Água e alimentos contaminados mantêm a transmissão. Especialistas reforçam a “regra dos três”: beber só água tratada, cozinhar bem os alimentos, lavar as mãos com sabão — medidas mais baratas que o tratamento.

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