Domingo, Junho 15
Resumo

Cólera em Angola: 17.000 casos, epidemia acelera

Por TopAngola ·

2 min leitura
Cólera em Angola: 17.000 casos, epidemia acelera

Resumo: 

Surto de cólera alastra a 17 das 21 províncias angolanas; 337 novos casos e 7 mortes em 24 h elevam total para 16 719 infecções e 558 óbitos.

Pontos-chave:

  • Entre 29 e 30 de abril de 2025, o Ministério da Saúde confirmou 337 novos casos de cólera e sete mortes em 24 h, elevando o acumulado nacional para 16 719 infectados e 558 óbitos desde janeiro. Benguela continua a ser o epicentro, concentrando 132 notificações. Luanda, Cuanza Sul e Malanje surgem logo depois, evidenciando expansão simultânea em zonas urbanas e rurais.

  • A Organização Mundial da Saúde advertiu que Angola vive "um momento crítico", com o surto já presente em 17 das 21 províncias, sobrepondo-se a doenças endémicas como malária e tuberculose. Fatores como infra-estruturas sanitárias frágeis, chuvas intensas e consumo de água contaminada aceleram a transmissão do Vibrio cholerae. Casos assintomáticos multiplicam a cadeia de contacto não detectada. Especialistas pedem vigilância comunitária reforçada.

  • Equipas de resposta rápida, centros de tratamento da cólera, distribuição de hipoclorito e campanhas de vacinação oral compõem a estratégia governamental de emergência. Em 30 de abril, 310 doentes receberam alta, mas 638 permanecem internados, sinal de pressão sobre hospitais provinciais. Formação acelerada de técnicos e voluntários tenta fechar lacunas de recursos. Parceiros internacionais fornecem kits laboratoriais e tendas de isolamento temporário.

  • A subnotificação persiste: estudos citados pelo governo indicam até quatro infeções não registadas para cada caso confirmado. Vacina oral contra a cólera e regras simples de higiene—lavar mãos, ferver água, cozinhar bem os alimentos—são apontadas como as defesas mais baratas e eficazes. Campanhas de rádio e redes sociais repetem alertas em línguas locais. Especial foco nas zonas costeiras de Benguela e mercados informais superlotados.

  • Autoridades planeiam concluir em maio vacinação nas áreas com maior incidência e instalar sistemas móveis de purificação de água. Meta: baixar a taxa de letalidade, hoje em 3,3 %, para menos de 1 % até junho. OMS recomenda roteiros de longa duração para saneamento e dados em tempo real, “sem interrupções políticas”, como frisou um porta-voz em Luanda. Parcerias multilaterais deverão financiar obras de esgoto urbano.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos