Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Corredor do Lobito chega a 125 mil t em 2024

Por TopAngola ·

2 min leitura
Corredor do Lobito chega a 125 mil t em 2024

Resumo: 

Corredor do Lobito transportou 125 000 t em 2024, 40 000 t de cobre da RDC. LAR mira 1 Mt/ano, investe até US$ 800 M e contrata 800 trabalhadores.

Pontos-chave:

  • Ao longo de 2024, o Corredor do Lobito movimentou cerca de 125 000 toneladas de mercadorias. O volume, compilado pela Lobito Atlantic Railway (LAR) após apenas doze meses de operação, sinaliza a reativação de uma rota estratégica que liga o Atlântico às minas da África Central e serve de alternativa mais curta aos portos do Índico, facilitando exportadores regionais de cobre e outros minérios.

  • Quase um terço do total — 40 000 toneladas — veio em blocos de cobre extraídos na vizinha República Democrática do Congo. Estes carregamentos cruzaram a fronteira por comboio, foram empilhados no Terminal de Minério do Porto de Lobito e zarparam rumo à Europa, América e Ásia, comprovando a viabilidade da rota para materias-primas de alto valor no mercado internacional em expansão.

  • Segundo o director de Operações, Nicolas Gregoir, a LAR prevê ultrapassar 1 milhão de toneladas anuais dentro de três anos. O plano envolve duplicar a frota de locomotivas, abrir novas estações de cruzamento e “reduzir o tempo porta-a-porta a menos de cinco dias”, tornando o eixo Benguela-Lobito numa ponte lógica entre África Austral e cadeias logísticas globais de minerais críticos segundo padrões de segurança internacionais.

  • Para atingir a meta, a concessionária estima investir 600 a 800 milhões de dólares em material circulante, sinalização e formação. O financiamento em negociação com o banco americano DFC e o sul-africano DBSA permitirá “contratar mais maquinistas, modernizar carris e digitalizar operações”, disse Gregoir, apontando que a companhia já emprega 800 trabalhadores espalhados pelo corredor em seis províncias angolanas e garantindo manutenção constante.

  • Analistas notam que o renascimento do eixo Lobito-Kolwezi devolve competitividade às exportações da África Central, reduzindo custos logísticos em até 30 % face à rota de Durban. A combinação de mar, trilho e porto permite que Angola se torne hub de trânsito mineral, diminua a dependência do petróleo e atraia parceiros industriais interessados em processamento local de cobre e baterias para a transição energética global.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos