Falsos agentes e greve da TCUL agitam província
Por TopAngola ·

Resumo:
Falsos agentes presos no Bié por assaltos a comerciantes; funcionários da TCUL iniciaram greve por salários atrasados e falta de subsídio.
Pontos-chave:
Em 16 de julho de 2025, no município de Andulo, província do Bié, as Forças Armadas detiveram três cidadãos que se faziam passar por agentes da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal. Os suspeitos eram suspeitos de integrar uma associação criminosa de oito membros acusada de assaltos a mão armada contra comerciantes estrangeiros na região e usavam uniformes e insígnias falsas.
Durante a operação, as autoridades apreenderam duas pistolas como provas de envolvimento em crimes armados, além de três pares de uniformes e patentes falsificadas da Polícia Nacional, dois passadores falsos do SIC e oito telemóveis. O balanço foi apresentado pelo porta-voz do SIC no Bié, inspector-chefe Carlos Oliveira, que destacou a articulação entre os membros do grupo e o risco à segurança pública local.
Em Luanda, os trabalhadores da TCUL iniciaram uma greve por tempo indeterminado, reivindicando o pagamento de dois meses de salários atrasados e o subsídio de férias não concedido. A direção da empresa, citando uma grave crise financeira, afirmou que apenas 73 dos muitos autocarros estavam em operação e que as receitas disponíveis só permitiam pagar os salários em atraso, sem recursos para subsídios complementares.
O primeiro secretário da CGSILA, José António Panzo, qualificou a medida como inadmissível, apontando a falta de subsídio de férias como prejudicial para os trabalhadores e para a própria TCUL. Em resposta, o presidente do conselho de administração, Nelson Pereira Jorge, reafirmou a crise financeira da empresa e declarou ilegal a CGSILA, reconhecendo apenas o Bureau Sindical Austral para negociações formais.
As ocorrências evidenciam desafios de segurança e tensões laborais em Angola, refletindo problemas de aplicação da lei e de gestão pública. A combinação de crimes com recursos a armas de fogo e conflitos laborais aponta para a urgência de reforçar a supervisão governamental, investir em modernização institucional e garantir direitos laborais para prevenir novos episódios de violência e conflitos sociais.