Detenção por vandalismo em Vida Pacífica
Por TopAngola ·

Resumo:
Ex-coordenadora e comparsas foram detidos por vandalismo na Vida Pacífica; retiraram símbolos oficiais e aguardam decisão do juiz de garantias.
Pontos-chave:
Em 7 de julho de 2025, a Polícia Nacional de Icolo e Bengo respondeu a uma denúncia sobre vandalismo na Urbanização Vida Pacífica. Equipes foram deslocadas ao local após relatos de invasão e comissão de danos. A ex-coordenadora da comissão de moradores, identificada como Maria Dulce, liderava o grupo que invadiu o prédio e arrombou portas institucionais. Símbolos oficiais foram alvo de remoção, incluindo a bandeira nacional e letreiros.
Nas primeiras horas, agentes efetuaram a detenção de quatro homens que faziam parte do antigo conselho. A ação foi executada com base em denúncia anônima e recolhimento de provas no local. Segundo o porta-voz Euler Matari, o grupo havia perdido cargos de chefia por votação anterior, o que motivou o ato de retalição. Os detidos foram encaminhados à sede da polícia e em seguida apresentados ao juiz de garantias.
De acordo com relatos, a acusada Maria Dulce supostamente liderou a invasão, removendo a bandeira nacional e instalando cadeado na porta do conselho. Em uma versão complementar, ela e comparsas retiraram letreiros e dísticos da comissão, alegando responsabilidade máxima pela cooperativa. Ambos os cenários apontam para um protesto destituído de autorização dos moradores. As ocorrências foram registradas em boletim de ocorrência e serão analisadas pelas autoridades competentes como vandalismo agravado.
O delito enquadra-se no crime de vandalismo previsto no código penal angolano, que prevê sanções pecuniárias e privação de liberdade. Analistas jurídicos destacam que a participação coletiva e o uso de força para invadir propriedade institucional podem agravar as penas. A materialidade delitiva foi comprovada pelos vestígios e laudos periciais realizados no local. Além disso, o envolvimento de figuras públicas e o alcance midiático aumentam a relevância política do julgamento.
A comunidade local reagiu com indignação, solicitando maior transparência nos processos internos da cooperativa. Organizações civis pedem investigação aprofundada sobre autoria intelectual e eventuais financiamentos clandestinos. Especialistas em segurança urbana ressaltam necessidade de políticas preventivas e diálogo permanente entre moradores e autoridades para evitar novos episódios de tensão. O caso pode influenciar futuras eleições locais e debates sobre gestão comunitária, impulsionando reformas estatutárias e políticas.