Emissão de dívida US$64M para represas no Namibe

Por TopAngola · há 2 meses

Resumo: 

Angola abre emissão de títulos da dívida pública de até 64 milhões de dólares para financiar 43 represas no Namibe, com juros de 5% a 7%.

Pontos-chave:

• Entre 26 de maio e 4 de junho de 2025, o Governo angolano lançou uma operação de emissão de Títulos da Dívida Pública no montante de até 64 milhões de dólares para financiar a construção e reabilitação de 43 represas na província do Namibe. A iniciativa, denominada Operação Kissonde, integra a estratégia de captação de recursos para projetos sustentáveis e reforço da segurança hídrica.

• Os títulos serão emitidos no formato bookbuilding, com maturidades originais de cinco e oito anos, vencendo em 15 de fevereiro de 2029 e 15 de setembro de 2031, respetivamente. As taxas de juro estão fixadas em 5% para o prazo de cinco anos e 7% no caso de oito anos, atraindo investidores locais e estrangeiros interessados em apoiar ações de desenvolvimento regional.

• Para subscrição, os interessados devem contactar instituições financeiras habilitadas no mercado de valores mobiliários nacional, incluindo bancos, sociedades distribuidoras e corretoras. Segundo o Ministério das Finanças, a operação visa mobilizar recursos para projetos que mitiguem os efeitos da seca e promovam gestão mais eficiente da água no Namibe, fortalecendo a resiliência das comunidades locais. A medida contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

• Segundo o comunicado oficial, a iniciativa deverá melhorar o abastecimento de água potável e aumentar a irrigação agrícola nas áreas rurais do Namibe, reduzindo a pobreza e reforçando a segurança alimentar local. No domínio económico, espera-se que o impulso na construção e operação das represas gere empregos diretos e indiretos, dinamizando a cadeia produtiva regional. A previsão é de aumento da produção alimentar e diversificação de culturas, fortalecendo a economia rural.

• As represas também terão função ambiental estratégica, auxiliando na gestão eficiente dos recursos hídricos para mitigar efeitos da seca e da desertificação. A operação está alinhada com iniciativas de conservação, pois permitirá reduzir a erosão do solo e manter o equilíbrio dos ecossistemas locais, promovendo sustentabilidade a longo prazo na província do Namibe e contribuindo para a adaptação aos desafios climáticos.