Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Executivo encerra Igreja BIMA por branqueamento

Por TopAngola ·

2 min leitura
Executivo encerra Igreja BIMA por branqueamento

Resumo: 

O Governo angolano, através do INAR, encerrou definitivamente a Igreja BIMA por branqueamento de capitais e transferência ilícita de valores.

Pontos-chave:

  • Em 1 de julho de 2025, o Executivo angolano, por meio do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), anunciou o encerramento definitivo da Igreja de Jesus Cristo de Espírito de Verdade, conhecida como Igreja BIMA. Decisão fundamenta-se em violação de normas legais, objetivando restabelecer a ordem pública e garantir a conformidade das atividades religiosas com a Constituição e as leis nacionais.

  • Segundo o comunicado do INAR, a confissão foi acusada de branqueamento de capitais, transferência ilícita de valores para o estrangeiro e facilitação de obtenção de documentos de cidadania por cidadãos estrangeiros. As provas coletadas foram remetidas à Procuradoria-Geral da República (PGR), onde tramita processo administrativo. O INAR salientou a gravidade das ocorrências reiteradas e a necessidade de zelar pela proteção dos fiéis e das instituições estatais.

  • Reagindo, o sociólogo António Salvador Arsénio Kiala destacou que o INAR deve ser mais atuante no acompanhamento das confissões, sobretudo face à proliferação de centenas de grupos religiosos atraídos pela promessa de prosperidade financeira. Abreu Ramos Kituta apontou a urgência de aprovar a Proposta de Alteração à Lei de Liberdade Religiosa, reforçando exigências de formação teológica e normas de segurança para líderes e fiéis.

  • O sociólogo Barreto Campos Sebastião criticou o Executivo, afirmando que a autorização de igrejas sem estruturas adequadas contribuiu para o surgimento desordenado de instituições religiosas. Ele sugeriu maior rigor nos processos de legalização e fiscalização, incluindo análise aprofundada de estatutos, comprovação de formação dos líderes e garantias de respeito aos direitos humanos, ao patrimônio cultural e à dignidade dos praticantes.

  • A proposta de alteração da Lei n.º 12/19, de 14 de Maio, busca ajustar o marco legal à realidade dinâmica angolana, exigindo formação superior em teologia para líderes religiosos e regulamentando trajes de culto. Mais de 77 confissões estão legalizadas, enquanto cerca de 2000 operam ilegalmente, o que intensifica o debate público sobre liberdade de religião, segurança jurídica e transparência nas relações entre Estado e instituições de fé.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos