EUA separam vacinas de sarampo e varicela
Por TopAngola ·

Resumo:
ACIP dos EUA agora recomenda duas vacinas: VASPR (sarampo, papeira, rubéola) e uma só para varicela. Isso cria risco de confusão e hesitação.
Pontos-chave:
Em 18 de setembro de 2025, o Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) dos EUA decidiu alterar a estratégia vacinal para crianças com menos de quatro anos. A recomendação tradicional de aplicar uma única vacina combinada contra sarampo, papeira, rubéola e varicela foi substituída por duas doses separadas. A medida visa reduzir potenciais reações, mas altera protocolos de longa data.
Os membros do ACIP afirmam que a divisão em duas vacinas distintas pode reduzir efeitos secundários mínimos observados na fórmula combinada. A primeira dose (VASPR) abrange sarampo, papeira e rubéola, enquanto a segunda concentra-se apenas na varicela. Segundo dados preliminares, a alteração pretende otimizar a segurança vacinal sem comprometer a eficácia, embora implique reorganização logística e adaptação dos calendários de imunização infantil.
Especialistas, incluindo epidemiologistas pediátricos, criticam que a mudança pode semear dúvidas desnecessárias entre os pais. Sean O’Leary descreveu a medida como uma ‘‘estratégia para assustar’’, enquanto Syra Madad defendeu que qualquer revisão deverá fortalecer, e não enfraquecer, os níveis de confiança. Há receio de que protocolos mais complexos atrasem a cobertura vacinal em regiões com baixas taxas de imunização.
Uma sondagem do The Washington Post e da KFF identificou que um em cada seis pais adia ou evita a vacinação recomendada. Apesar disso, a maioria apoia as exigências de imunização atuais. A cobertura pré-escolar caiu de 95% em 2019 para 92,5% em 2024, com variações regionais notáveis, sendo o Idaho abaixo dos 80%, longe dos 95% necessários para imunidade de grupo.
Como resultado da queda nas taxas, os EUA enfrentam em 2025 a pior epidemia de sarampo em mais de 30 anos, com três mortes confirmadas, inclusive duas crianças. O ACIP adiantou que outras vacinações, especialmente para grávidas, serão reavaliadas. Autoridades garantem que o comité segue pró-vacina, mas pais e profissionais acompanham com atenção possíveis mudanças futuras. Entidades sanitárias alertam para reforço de campanhas e monitoramento contínuo.