Falece Edgar Lungu, ex-presidente da Zâmbia
Por TopAngola ·

Resumo:
Edgar Lungu, presidente da Zâmbia de 2015 a 2021, faleceu aos 68 anos na África do Sul, confirmado pela Frente Patriótica e pela família.
Pontos-chave:
Em 5 de junho de 2025, Edgar Chagwa Lungu, de 68 anos, ex-presidente da Zâmbia, faleceu enquanto estava internado na África do Sul. Lungu assumiu o cargo em 26 de janeiro de 2015, após vitória em eleições marcadas por disputas internas, e permaneceu no poder até agosto de 2021. Sua trajetória política incluiu passagens importantes pelo partido Frente Patriótica ao longo de sua carreira.
Durante seu mandato, Lungu focou em projetos de infraestrutura e parcerias internacionais, buscando fortalecer a economia do país. Seu governo instituiu reformas no setor de energia e transportes, com apoio de investidores estrangeiros. No entanto, enfrentou críticas por medidas de segurança consideradas duras e restrições à oposição. Especialistas apontam que seu estilo centralizador impactou a liberdade de expressão e o ambiente político durante seu mandato.
Lungu esteve hospitalizado no Mediclinic Medforum Hospital, em Pretória, onde recebeu atendimento especializado. A causa exata de sua morte não foi detalhada pelas autoridades, mas fontes indicam complicações relacionadas a problemas cardíacos e pressão alta. Tasila Lungu-Mwansa, filha do ex-presidente, publicou um vídeo nas redes sociais confirmando o falecimento e agradecendo o apoio recebido nas últimas semanas. O episódio gerou comoção nacional.
A Frente Patriótica, principal força política de Lungu, emitiu comunicado oficial declarando luto e homenagem ao seu líder. O partido ressaltou seu legado de "Uma Zâmbia, Uma Nação", recordando o lema que guiou sua atuação. Militantes e simpatizantes organizaram vigílias e manifestações pacíficas em Lusaka e outras cidades, prestando tributo ao ex-chefe de Estado. Autoridades locais anunciaram dia de condolências públicas.
Nas eleições de agosto de 2021, Edgar Lungu foi derrotado por Hakainde Hichilema, encerrando seu segundo mandato e abrindo espaço para transição democrática. Analistas avaliam que a derrota refletiu insatisfação com dificuldades econômicas e restrições às liberdades civis. Seu governo permaneceu marcado por altos investimentos em infraestrutura e investimentos externos. O legado de Lungu é debatido entre conquistas diplomáticas e críticas internas pela gestão autoritária.