Feriado lota multicaixas: filas em Luanda
Por TopAngola ·

Resumo:
Luandenses enfrentam filas de uma hora nos multicaixas durante o feriado prolongado de 1.º de Maio, provocadas por alta procura e falta de notas.
Pontos-chave:
Em 3 de Maio de 2025, o primeiro sábado do feriado que começou em 1.º de Maio, as principais avenidas de Luanda acordaram com filas diante dos multicaixas já lotados. Trabalhadores, estudantes e pequenos comerciantes precisavam de dinheiro para o fim de semana prolongado e formaram aglomerações antes do amanhecer, aguardando pela abertura ou o reabastecimento dos terminais automáticos.
Os pontos mais críticos foram a Mutamba, Bairro Azul, Gamek, Camama, Kilamba, Golf 2 e Viana. Em alguns locais, mais de 70 pessoas esperavam por cada caixa electrónico. A procura não se limitou a levantamentos; muitos cidadãos tentavam pagar luz, água ou propinas, usando a função pagamento de serviços para evitar incumprimentos no feriado, num período de fim de mês e salários recém-creditados.
A lentidão do sistema e a falta de notas agravaram o stress. Vários terminais exibiam mensagens de “sem numerário” após poucas transacções, obrigando os utentes a migrar de máquina em máquina sob sol forte. “Já estou aqui há mais de uma hora e só agora levantei parte do valor”, lamentou um cliente no Gamek, ecoando relatos semelhantes noutros bairros.
Até ao fim da tarde de sábado, nenhuma entidade bancária nem o Banco Nacional de Angola tinham divulgado explicações formais. Técnicos de manutenção foram vistos a reabastecer caixas, mas confirmaram que as viaturas blindadas não conseguiam cobrir toda a malha urbana, devido ao volume atípico de retiradas. Internautas pediram reforço de equipa e alertaram para o risco de furtos em aglomerações.
As equipas de segurança pública recomendaram pagamentos móveis e internet banking como alternativa imediata. Especialistas defendem investir em caixas recicladoras, que reutilizam notas depositadas pelos clientes, reduzindo falta de numerário. O episódio reacende o debate sobre inclusão financeira em Angola e sublinha a necessidade de infra-estrutura robusta para períodos de alta procura, como feriados prolongados, no futuro próximo.