Sexta-feira, Agosto 22
Resumo

Financiamento dos 500 táxis de Riquinho em Angola

Por TopAngola ·

2 min leitura
Financiamento dos 500 táxis de Riquinho em Angola

Resumo: 

Resumo do projeto de Riquinho que prevê distribuir 500 táxis via crédito. Aborda dúvidas sobre origem dos fundos e possíveis motivações políticas.

Pontos-chave:

  • Em 20 de agosto de 2025, Henrique Miguel “Riquinho”, empresário do entretenimento em Angola, apresentou um ambicioso plano para fornecer 500 táxis a motoristas de Luanda e outras províncias. O projeto prevê a entrega de 25 veículos por semana, num regime de crédito com prestações mensais durante cinco anos, garantindo que os beneficiários se tornem proprietários ao final do período.

  • O valor estimado para cada unidade Toyota Hiace é de ~35.200 euros, totalizando um investimento superior a 17,6 milhões de euros. Isso levantou perplexidade entre analistas e taxistas, que questionam a transparência financeira do processo. Riquinho nega qualquer apoio direto do Governo do MPLA e afirma que os recursos são de fundos privados previamente negociados com importadoras locais. Surgiram suspeitas de interesses políticos, especialmente após a paralisação dos taxistas.

  • O acesso aos veículos está restrito a motoristas com 5 a 10 anos de atividade, filiados a associações da categoria e com contribuições em dia. A iniciativa visa melhorar condições de trabalho e oferecer tarifas de 250 kwanzas, abaixo dos 300 oficiais. No entanto, críticos alertam para a necessidade de avaliar a viabilidade financeira e o impacto a longo prazo na mobilidade urbana e na independência dos taxistas.

  • Segundo Riquinho, será publicada semanalmente uma lista com 25 carros disponíveis, alcançando média de 100 veículos por mês. As operadoras locais já teriam importado cerca de 100 unidades, o que permitiria entregar 400 táxis em 60 dias. O modelo contribuiria para reduzir protestos sobre tarifas e fortalecer a percepção de empoderamento dos motoristas, mas levanta dúvidas sobre a capacidade logística.

  • Analistas e líderes sindicais destacam que, sem total transparência e mecanismos de supervisão, o projeto pode criar dependência dos motoristas em relação a Riquinho e fragilizar reivindicações por melhores condições. Para o ativista Alexandre Bolívar, a ação busca “acalmar” protestos e gerar dívida moral. A longo prazo, ponderam especialistas, investimentos pontuais não bastam para enfrentar aumentos constantes do combustível e desafios do transporte público.

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