Sábado, Agosto 16
Resumo

FAA lança ofensiva em Cabinda; FLEC denuncia

Por TopAngola ·

2 min leitura
FAA lança ofensiva em Cabinda; FLEC denuncia

Resumo: 

FAC acusa as Forças Armadas Angolanas de romper o cessar-fogo em Cabinda, matar 4 soldados e 9 civis em Kimbanza-Vingi, e pede pressão internacional.

Pontos-chave:

  • Em 5 de maio de 2025, por volta das 04h00, tropas das Forças Armadas Angolanas (FAA) atacaram posições das Forças Armadas Cabindesas (FAC) na aldeia de Kimbanza-Vingi, enclave de Cabinda. O Estado-Maior cabindês relata combate intenso que matou 4 combatentes da FAC e 9 civis desarmados. Moradores falam em pânico, casas incendiadas e dezenas de famílias em fuga.

  • A FAC acusa o presidente João Lourenço de rasgar o cessar-fogo unilateral proclamado em abril. Para os rebeldes, a ofensiva é “uma provocação mortífera” que anula recentes apelos de diálogo do grupo parlamentar da UNITA. Observadores alertam que o embate, o mais grave desde 2022, evidencia a fragilidade do processo de paz na província mais rica em petróleo do país.

  • Os combates estenderam-se para Kimbanza-Mbemba, já dentro da República Democrática do Congo, onde a FAC afirma ter abatido 3 soldados angolanos. A nota acusa ainda as FAA de enviar 250 militares à aldeia congolesa de Kionzo, configurando violação da soberania da RDC. Moradores relatam helicópteros angolanos sobre o rio Chiloango e temem que o conflito transborde para outras áreas fronteiriças.

  • Em comunicado assinado pelo tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, chefe das forças especiais cabindesas, lê-se: “João Lourenço não quer dar qualquer oportunidade à paz.” O oficial garante que a FAC manterá “resistência ativa” até haver mediação imparcial. O Ministério da Defesa em Luanda nega as acusações e diz ter agido em legítima defesa. Parlamentares da oposição exigem debate urgente, enquanto famílias procuram refúgio em igrejas.

  • O Estado-Maior das FAC apela aos Estados Unidos, à União Europeia e a organismos regionais para condenarem “esta escalada de violência” e pressionarem por negociações formais. Diplomatas sugerem envio de missão de verificação do cessar-fogo. Sem mediação, alertam ONG’s, Cabinda pode regressar ao ciclo de guerrilha que, entre 1990 e 2006, deslocou milhares e ameaçou infraestruturas petrolíferas vitais.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos