Dois detidos por furto de 8000 euros em Luanda
Por TopAngola ·

Resumo:
Dois funcionários da empresa SIR, no Aeroporto 4 de Fevereiro, foram detidos após furtarem mais de 8000 euros da mala de um passageiro luso-angolano.
Pontos-chave:
Em 3 de maio de 2025, agentes do Serviço de Investigação Criminal prenderam dois funcionários da empresa de segurança SIR no Aeroporto 4 de Fevereiro, Luanda, sob acusação de furtar oito mil euros da pasta de um passageiro luso-angolano de 73 anos. O incidente ocorreu depois de o voo TAAG para Lisboa ser cancelado, levando o idoso a deixar a mala na zona de triagem.
Os detidos, angolanos de 27 e 28 anos, terão aberto a bagagem enquanto prestavam serviço de raio-x e dividiram rapidamente o dinheiro. A polícia encontrou com eles 3 260 euros e 178 000 kwanzas, além de objetos pessoais do passageiro. O saldo remanescente está a ser rastreado, e investigações adicionais procuram identificar cúmplices ou canais de revenda de divisas.
Segundo o SIC, a SIR — Segurança Industrial e Residencial — é contratada para inspecionar bagagens no aeroporto; a empresa afirma cooperar e promete reforçar controlo interno. O caso reacende debate sobre confiança nos prestadores terceirizados e vulnerabilidades nos pontos de controlo, área onde passam diariamente mais de 10 000 passageiros e volumes consideráveis de moeda estrangeira nessa infraestrutura crítica.
O passageiro lesado, identificado apenas como Pessoa F., relatou ter percebido o desaparecimento do dinheiro ao reacomodar-se noutro voo programado no dia seguinte. Em depoimento, afirmou: “Confiei que a mala estaria segura; peço justiça e restituição”. A TAAG informou que presta assistência e cobertura de despesas, mas destaca que a responsabilidade direta recai sobre o operador de segurança contratado pelo aeroporto.
A direção do Aeroporto 4 de Fevereiro anunciou auditoria urgente aos processos de rastreio e planeia instalar câmaras adicionais em zonas de circulação de funcionários. O SIC promete remeter o caso ao Ministério Público ainda esta semana. Especialistas defendem formação contínua e contratos que prevejam punições severas para prevenir novos furtos e restaurar a confiança dos viajantes em todo o sistema aeroportuário nacional.