Governação Económica Global Inclusiva e Eficaz
Por TopAngola ·

Resumo:
Líderes em Sevilha firmaram o “Compromisso de Sevilha” para promover uma governação económica global inclusiva, equitativa e eficaz.
Pontos-chave:
Em Sevilha, no início de julho de 2025, Chefes de Estado e de Governo de vários países reuniram-se para participar na cimeira que resultou no “Compromisso de Sevilha”. O encontro decorreu sob forte pressão internacional para enfrentar atrasos na implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e modernizar o sistema financeiro global, buscando soluções que promovam equidade e eficácia nas políticas económicas mundiais.
O documento final sublinha a renovação do quadro global de financiamento para o desenvolvimento, inspirado na Agenda de Ação de Adis Abeba de 2015. Os líderes comprometeram-se a erradicar a pobreza e a fome “sem deixar ninguém para trás” e a reformar a arquitetura financeira internacional, visando maior resiliência, coerência e eficácia na resposta a crises económicas, sociais e ambientais interligadas.
No Compromisso de Sevilha, os Chefes de Estado reafirmaram a importância dos direitos humanos e liberdades fundamentais, incluindo direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais. Destacaram o direito ao desenvolvimento como pilar essencial, exigindo respeito, proteção e promoção sem discriminação. Este ponto visa garantir que as políticas económicas globais incorporam justiça social e inclusão, reforçando a igualdade de oportunidades em todas as regiões do globo.
Os participantes admitiram que o tempo para atingir os ODS é curto diante dos impactos das mudanças climáticas e de desafios económicos interligados. Destacaram a persistente lacuna de cerca de 4 biliões de dólares anuais em financiamento para o desenvolvimento sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. A falta de recursos eficazes ameaça agravar desigualdades e comprometer respostas coordenadas a crises globais futuras.
Face ao quadro complexo de crises globais, os Chefes de Estado sublinharam a necessidade de reforçar o multilateralismo, a cooperação internacional e a solidariedade com base no respeito mútuo. O Compromisso de Sevilha apela a ações coletivas para fortalecer a resiliência mundial, combinando esforços em políticas económicas, sociais e ambientais. Este pacto é apresentado como um passo decisivo para enfrentar desafios que nenhum país pode resolver isoladamente.