Burocracia emperra US$60M em Angola
Por TopAngola ·

Resumo:
O PNUD disponibiliza US$60 milhões para projectos em Angola, mas enfrenta atrasos de até quatro meses por burocracia excessiva, e apela a monitorização.
Pontos-chave:
Em 2 de julho de 2025, o PNUD anunciou um plafond de US$ 60 milhões para apoiar projectos em Angola, destacando o setor da saúde como principal beneficiário. Este fundo destina-se a intervenções contra o HIV, malária e tuberculose, bem como à vacinação e aquisição de medicamentos essenciais para fortalecer os cuidados sanitários nos diversos províncias do país. O anúncio foi feito durante conferência sobre financiamento ao desenvolvimento em Luanda.
Gabriel Dava, representante residente adjunto do PNUD, alertou para trâmites administrativos que podem levar entre três a quatro meses na aprovação de projectos. Segundo ele, embora a burocracia seja necessária para garantir transparência, os atrasos comprometeram parcialmente o ritmo de implementação e impactam negativamente os resultados previstos pelas parcerias multilaterais em várias áreas de intervenção em Angola. Ele constatou ainda elevado nível de complexidade.
Do montante disponível, cerca de 50% já foi executado, com o Fundo Global financiando atividades de saúde pública. Foram prioritárias ações de combate a doenças como HIV, malária e tuberculose, além de iniciativas de irrigação agrícola, energias sustentáveis e conservação ambiental, refletindo o compromisso do PNUD com o desenvolvimento integrado e sustentável em Angola. Incluem-se ainda programas de capacitação local e transferência de tecnologia.
A declaração ocorreu durante conferência em Luanda co-promovida pela revista Economia & Mercado e pela PwC, reunindo representantes governamentais e do sector privado. Discutiu-se o papel das multilaterais no apoio ao desenvolvimento e a necessidade de as autoridades angolanas colaborarem mais ativamente na monitorização e execução dos projectos financiados. O evento buscou fomentar parcerias e reduzir entraves regulatórios e comunicar resultados, incluindo apresentação de estudos de caso práticos.
O PNUD enfatiza que, além da sua monitoria, cabe ao Estado angolano acompanhar regularmente os projectos para garantir que os fundos multilaterais beneficiem efectivamente a população. A cooperação activa reduzirá riscos de subutilização e otimizará o impacto das iniciativas de desenvolvimento social e económico em todo o território. Estima-se que maior agilidade administrativa acelere significativamente os resultados esperados. Segundo especialistas.
2 Fontes
Excesso de burocracia trava financiamentos de projectos em Angola. ONU diz que tem 60 milhões de euros que estão empatados por constrangimentos burocráticos
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