Greve de 100 docentes no Cuanza-Sul persiste
Por TopAngola ·

Resumo:
Cerca de 100 professores de Quilenda, Conda e Condé paralisam aulas de 21 a 25 de maio exigindo o pagamento retroativo do subsídio de isolamento.
Pontos-chave:
Entre 21 e 25 de maio, cerca de 100 professores dos municípios de Quilenda, Conda e Condé, no Cuanza-Sul, suspenderam as aulas em protesto contra o não pagamento do subsídio de isolamento e dos respetivos retroativos, direito previsto para trabalhadores colocados em zonas rurais.
A paralisação é a segunda do ano: em 14 de janeiro o mesmo grupo interrompeu as atividades pelo mesmo motivo e, sem resposta, decidiu retomar a greve com a ameaça de estendê-la ao período das próximas provas escolares.
Os docentes afirmam ter recebido apenas o subsídio de instalação e parte da renda; o valor de isolamento, cerca de 30 % sobre o salário base, continua em atraso apesar das promessas do Ministério das Finanças, acusam.
A Delegação Provincial da Educação, chefiada por José Eduardo, admite o problema mas garante que a solução “transcende as nossas competências”; o dirigente lembra que o atraso afeta vários ramos da função pública, não apenas o setor educativo.
O sindicato SINPROF local ficou fora da condução da greve e lamenta a decisão; ainda assim, insta o governo a regularizar os pagamentos para evitar que milhares de alunos percam aulas numa província já com baixos indicadores de aprendizagem.