Fogo em Capalanga corta luz a Viana e Mulenvos

Por TopAngola · há 3 meses

Resumo: 

Incêndio na estação Capalanga, Luanda, corta luz em Viana e Mulenvos; 35 000 famílias afetadas. Causas ignoradas; ENDE promete repor serviço em 48 h.

Pontos-chave:

• Em 9 de maio de 2025, por volta das 15h, um incêndio de grande proporção atingiu a estação eléctrica do Capalanga, em Luanda, e cortou o fornecimento de energia aos municípios de Viana e dos Mulenvos, deixando dezenas de milhares de residências e empresas subitamente às escuras. Hospitais, centros comerciais e ligações industriais também foram afetados, obrigando à ativação de geradores e à reorganização de serviços essenciais.

• Segundo a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), cerca de 35 000 famílias ficaram sem corrente, repetindo-se uma falha que ocorrera há menos de quinze dias, quando a queda de um poste de alta tensão paralisou a mesma subestação. A centralidade Vida Pacífica, os bairros Zango 0 e 1 e zonas do Icolo e Bengo sentiram impacto imediato, com comércio e trânsito parcial parados.

• Embora o fogo tenha sido rapidamente controlado pelos bombeiros, as causas permanecem indeterminadas. Fontes da Rede Nacional de Transporte (RNT) esclareceram que o transformador queimado pertence à ENDE, razão pela qual se remeteram ao silêncio. A distribuidora prometeu um pronunciamento “a qualquer momento” e mobilizou equipas técnicas para avaliar a extensão dos estragos internos na aparelhagem de alta tensão, especialmente nos cabos de 220 kV.

• A previsão inicial de restabelecimento, segundo técnicos no local, varia entre 24 e 48 horas, dependente da substituição de módulos danificados e da “estabilização térmica das barras de distribuição”. A ENDE indicou que geradores móveis seriam deslocados para hospitais e sistemas de abastecimento de água, enquanto equipes de engenharia trabalham em turnos contínuos para reduzir o tempo de interrupção na rede de 60 kV.

• Especialistas recordam que Luanda já sofreu quatro grandes falhas em 2025, evidenciando vulnerabilidade na infraestrutura energética. “Cada episódio aumenta o custo de produção e abala a confiança do investidor”, alerta o analista José Muluta. As autoridades estudam reforçar sistemas de proteção contra sobrecargas, implementar inspeções preventivas trimestrais e acelerar o projeto de interligação com a futura central fotovoltaica de Bita Tanque.