Cimeira EUA-África atrai dois mil milhões a Luanda

Por TopAngola · anteontem

Resumo: 

Cimeira EUA-África em Luanda aprovou US$2.000M em acordos, destacando energia verde, infraestrutura digital e o Corredor do Lobito.

Pontos-chave:

• Entre 22 e 25 de junho de 2025, em Luanda, realizou-se a 17.ª Cimeira de Negócios Estados Unidos-África, um fórum que contou com a presença de mais de 1.500 participantes provenientes de 35 países africanos e norte-americanos, incluindo 12 Chefes de Estado, altos representantes do governo dos EUA e líderes empresariais, realçando o nível diplomático e económico do encontro.

• O total de acordos formalizados alcançou cerca de 2.000 milhões de dólares, com compromissos de investimento em áreas cruciais como energia, transição verde, infraestrutura digital, saúde, minerais críticos, inteligência artificial e comércio intra-africano. Destacou-se o projeto Corredor do Lobito, mobilizando US$5 mil milhões em apoio tripartido entre Angola, RDC e Zâmbia, reforçando a integração regional e o desenvolvimento de logísticas portuárias.

• No debate político, a UNITA criticou o recurso excessivo a financiamentos que elevou a dívida pública sem atrair investimentos privados robustos, enquanto o Executivo defendeu o sucesso do encontro e a criação de garantias para repatriar capitais. Deputados enfatizaram a exclusão de certos órgãos de comunicação, como O Valor e Expansão, do evento, suscitando questionamentos sobre transparência setorial e pediram mecanismos que facilitem parcerias e segurança jurídica dos investidores.

• O encarregado de negócios dos EUA em Angola, Neil Breslin Jr., afirmou que a cimeira elevou a imagem de Angola, prometendo maior atenção internacional e reforçando laços com o setor privado norte-americano. Na sessão de encerramento, o ministro José de Lima Massano saudou os resultados e anunciou a próxima edição para 2026, sublinhando o papel de Angola como plataforma diplomática contínua para parcerias económico-regionais.

• Analistas consideram que os compromissos firmados abrem oportunidades para o crescimento sustentável em África, com ênfase em inovação tecnológica e startups. A mobilização de fundos e a cooperação tripartida no Corredor do Lobito são vistas como catalisadores para integrar mercados e dinamizar o comércio intra-africano, fortalecendo a posição de Angola como hub logístico e atraindo novos investimentos privados, e destacando parcerias público-privadas.