Lourenço despede-se do Papa Francisco em Roma
Por TopAngola ·

Resumo:
João Lourenço participou no funeral do Papa Francisco em Roma, prestou homenagem e testemunhou o sepultamento do pontífice na Basílica de Santa Maria Maior.
Pontos-chave:
Em 26 de abril de 2025, a Basílica de São Pedro acolheu a missa fúnebre do Papa Francisco, assistida por mais de 200 000 fiéis e cerca de 50 chefes de Estado, incluindo o Presidente angolano João Lourenço, que se curvou diante da urna em sinal de respeito. A cerimônia, conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, combinou leituras bíblicas, cânticos e longas salva de palmas.
Após a missa, o caixão percorreu 6 km até a Basílica de Santa Maria Maior, onde Francisco quis ser sepultado fora dos muros do Vaticano. O túmulo, uma simples laje de mármore de Ligúria com a inscrição “Franciscus”, repousa entre as capelas Paulina e Sforza e poderá ser visitado a partir de domingo, prevendo-se forte afluência de peregrinos. As autoridades italianas estimam 150 000 pessoas ao longo do trajeto.
Mais de 2 000 jornalistas cobriram o evento, e cerca de 40 pessoas em situação de vulnerabilidade — pobres, migrantes, transexuais, presos e sem-teto — carregaram rosas brancas ao lado do cortejo, cumprindo um desejo do Papa. Entre os líderes presentes, Lourenço dialogou rapidamente com Félix Tshisekedi e o primeiro-ministro português Luís Montenegro para reforçar cooperação bilateral. Diálogos semelhantes ocorreram com outros chefes de Estado da América Latina e Europa.
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, morreu em 21 de abril aos 88 anos, vítima de AVC que evoluiu para falência cardíaca irreversível. Acordou bem às 6h00, mas faleceu às 7h35. Foi o primeiro papa jesuíta e latino-americano, dirigindo a Igreja por 12 anos (2013-2025) com foco em pobreza, meio ambiente e descentralização. Seu estilo pastoral direto gerou admiração, mas também críticas internas sobre doutrina.
Com a morte do Pontífice inicia-se o período de sé vacante; o conclave para eleger o sucessor será convocado nas próximas semanas. Analistas preveem disputas entre cardeais reformistas e conservadores, mas destacam que 80 % dos eleitores receberam o barrete de Francisco, sinalizando continuidade nas reformas de transparência e na ênfase pastoral aos pobres e ao clima. O funeral marca um ponto de viragem para a Igreja.