Sexta-feira, Agosto 15
Resumo

Man Genas enfrenta acusações de narcotráfico

Por TopAngola ·

2 min leitura
Man Genas enfrenta acusações de narcotráfico

Resumo: 

O julgamento de “Man Genas” reúne acusações de calúnia, difamação e suposto envolvimento de altas patentes da Polícia e das FAA no narcotráfico.

Pontos-chave:

  • Em 12 de agosto de 2025, Gelson Emanuel Quintas, conhecido como “Man Genas”, começou a ser julgado no Tribunal da Comarca de Luanda. Ele foi extraditado de Moçambique no início de 2024 e estava detido desde então. O processo reúne denúncias que foram divulgadas nas redes sociais, onde alegou envolvimento de autoridades em atividades de narcotráfico. A sala de audiência contou com forte esquema de segurança para garantir a ordem.

  • O Ministério Público acusa-o de calúnia, difamação, abuso de confiança, ultraje ao Estado e incitação pública ao crime, totalizando diversas tipificações penais. As denúncias originais de “Man Genas” apontavam supostos laços de oficiais da PN e das FAA com tráfico de drogas, mas o SIC concluiu em 2023 que não havia provas suficientemente robustas para confirmar tais alegações. O acusador pede também indenização milionária.

  • Em outra ação judicial, o ex-ministro Eugénio Cesar Laborinho processou “Man Genas” por calúnia e difamação, exigindo pena de oito anos de prisão e indenização de 10 milhões de kwanzas. Laborinho refuta categoricamente as acusações de tráfico e afirma nunca ter tido qualquer ligação com organizações criminosas. Ele sustenta que as declarações de “Man Genas” causaram danos graves à sua reputação pessoal e profissional, justificando medida judicial rigorosa.

  • Segundo o defensor Francisco Muteka, não existem elementos nos autos que justifiquem a abertura de processo criminal contra “Man Genas” pelas acusações de calúnia e difamação. Muteka apontou ausência de provas sólidas para vincular o réu aos crimes imputados e destacou que o pedido de arquivamento chegou a ser sugerido no ano anterior. O advogado mantém a tese de perseguição política e falta de comprovação dos delitos.

  • O julgamento, acompanhado por reforço policial e dispositivo especial do serviço penitenciário, deve se estender por várias sessões, dado o volume de testemunhas e provas documentais apresentadas. Analistas jurídicos observam que o caso pode definir precedentes sobre liberdade de expressão e responsabilidade penal em denúncias públicas. A sentença ainda não tem data prevista, e a defesa promete recorrer de eventuais condenações de forma imediata.

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