Luanda julga 8 líderes estudantis após marcha
Por TopAngola ·

Resumo:
Oito líderes do MEA são julgados após marcha pacífica por carteiras, professores e higiene escolar ser reprimida pela polícia em Luanda.
Pontos-chave:
Em 28 de abril de 2025, a polícia de Luanda deteve mais de 50 jovens durante marcha pacífica organizada pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA). O objetivo era denunciar salas sem carteiras, poucos professores e falta de saneamento. Oito dirigentes ficaram presos e foram levados a julgamento sumário no Tribunal Dona Ana Joaquina.
Entre os réus estão Joaquim Lutambi, Jones Sebastião Damião, Simão Formiga, Nsimba Matamba e outros quatro membros. Não há acusações formais divulgadas. A manifestação foi indeferida apenas um dia antes; o presidente do MEA, Francisco Teixeira, diz que foi “intervenção política” e que a polícia serviu de “órgão de repressão”.
Os estudantes apontam problemas estruturais. O MEA estima cerca de 19 000 escolas a céu aberto em Angola. Exigem a saída da ministra da Educação, Luísa Grilo, e do governador de Luanda, Luís Nunes, por “responsabilidade direta” nas condições precárias de ensino.
Pelo menos três jornalistas que cobriam o protesto também foram detidos e soltos horas depois. O Comité para a Protecção de Jornalistas condenou a ação e lembrou que a Constituição garante o direito à informação, classificando a prisão como sinal preocupante para a liberdade de imprensa.
No tribunal há forte aparato policial que limita o acesso de familiares e repórteres. A defesa pretende recorrer de qualquer condenação, alegando violação do direito de manifestação. ONGs veem o caso como teste às promessas de reforma democrática em Angola.
4 Fontes
Tribunal julga hoje líderes estudantis detidos em Luanda
Polícia deteve estudantes e impediu marcha pela educação. Detidos são julgados esta Segunda-feira
Polícia deteve jornalistas que cobriam marcha de estudantes
Luanda: Polícia leva a julgamento oito estudantes do MEA que participaram na marcha de sábado "para exigir carteiras e melhoria de condições nas escolas"