Luís Boa Morte deixa seleção da Guiné-Bissau
Resumo:
Luís Boa Morte e equipa técnica deixaram selecção da Guiné-Bissau por mútuo acordo, após 14 meses, sem atingir metas do CAN e do Mundial.
Pontos-chave:
Em 9 de junho de 2025, o presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Alberto Teixeira, anunciou a saída de Luís Boa Morte do cargo de selecionador nacional. A decisão foi formalizada após encontros entre o técnico português de 47 anos e as autoridades locais. O comunicado oficial destacou que o encerramento do contrato se deu de mútuo acordo entre as partes envolvidas.
A negociação incluiu representantes do Governo, responsável pelo pagamento dos honorários, e a própria Federação. Em com consonância com as autoridades estatais, acordou-se a rescisão imediata, evitando litígios e preservando o respeito mútuo. Segundo Teixeira, as conversas seguiram a mesma transparência que marcou a contratação inicial, garantindo clareza sobre cláusulas contratuais, vencimentos e premissas de desempenho até ao encerramento do vínculo profissional.
O ciclo de Boa Morte na seleção guineense durou 14 meses, período em que o treinador procurou formatar uma equipa competitiva, investir em formação de técnicos locais e consolidar estruturas defensivas. A parceria inicial desenhou objetivos ambiciosos: qualificar para a fase final da CAN, estrear-se num Mundial e garantir legado técnico. Em discursos públicos, o português frisou a importância do desenvolvimento sustentado e do aproveitamento de talento interno.
Os resultados no plano de competição ficaram aquém das metas estabelecidas. A Guiné-Bissau não garantiu vaga na edição seguinte do Campeonato Africano das Nações (CAN) e falhou o acesso ao Mundial, dois dos três principais objetivos do contrato de três anos. Apesar disso, a dimensão tática e a moral do grupo foram realçadas, refletindo tentativas de renovação e adaptação a desafios logísticos e orçamentais.
A saída de Boa Morte também envolve todos os seus adjuntos, indicação de que a mudança se estende à equipa técnica completa. A Federação já deverá iniciar processo de seleção de novos treinadores, envolvendo candidatos locais e estrangeiros. O foco recai agora na preparação de amistosos e na definição de metas realistas, visando retomar o percurso de qualificação continental e preservar o progresso alcançado na implementação de projetos de base.
