Polícia dispersa protesto contra combustível
Por TopAngola ·
Resumo:
A Polícia de Intervenção Rápida dispersou em Luanda protesto contra o aumento do preço dos combustíveis; a Polícia Nacional garantiu ordem.
Pontos-chave:
Em 12 de julho de 2025, várias manifestações e acções de protesto ocorreram em Luanda em repúdio ao aumento do preço dos combustíveis, que subiu de 200 para 300 kz. Cidadãos saíram do Mercado de São Paulo com destino ao Largo da Independência, mas enfrentaram resistência por parte das autoridades policiais. Um contingente da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) bloqueou vias, lançou gás lacrimogéneo e realizou disparos para dispersar manifestantes.
Em comunicado de 11 de julho, a Polícia Nacional afirmou ter mobilizado agentes para garantir segurança e prevenir atos ilícitos durante o protesto. O porta-voz Mateus Rodrigues alertou para tentativas de uso do evento em ações contra policiais, reforçando a disciplina e o ordenamento das operações. Segundo relatos, houve emprego de gás lacrimogéneo e disparos pela Polícia de Intervenção Rápida para dispersão.
Manifestantes saíram do Mercado de São Paulo seguindo rota autorizada até o Largo das Escolas, mas foram impedidos de prosseguir ao Largo da Independência, seu destino original no centro de Luanda. Durante o bloqueio, algumas pessoas foram detidas sob acusação de resistência à ordem e perturbação da via pública, conforme a polícia. Vias e avenidas permaneceram fechadas, afetando o tráfego e causando congestionamentos até que a circulação fosse restabelecida.
Após a dispersão, a Polícia Nacional informou que todas as ruas bloqueadas foram reabertas e que as operações policiais continuarão até a normalização total. Observadores destacam a tensão entre o direito de protesto e as medidas de segurança em contexto de aumento de tarifas de transporte e custo de vida. Analistas afirmam que a resposta policial pode influenciar futuras manifestações e a percepção pública sobre liberdade de expressão.
Este episódio reflete o desafio de conciliar a insatisfação social com a manutenção da ordem em grandes centros urbanos. A capacidade de diálogo entre governo, polícia e sociedade civil será determinante para evitar escaladas de conflito e garantir que o protesto democrático não seja inviabilizado por medidas repressivas. Grupos de direitos humanos acompanham o desdobramento dos acontecimentos e pedem transparência no uso da força.
