Saúde formará 38 mil técnicos até 2030
Por TopAngola ·

Resumo:
Segundo um acordo interministerial, Angola planeia formar 38 mil técnicos de saúde em cinco anos, abrangendo cursos diversos e prática clínica reforçada.
Pontos-chave:
Em 11 de maio de 2025, o Ministério da Saúde assinou em Luanda um memorando com o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação para qualificar 38 mil técnicos de enfermagem, laboratório, diagnóstico e outras especialidades nos próximos cinco anos, ampliando a cobertura de serviços e ligando a teoria universitária à prática hospitalar exigida pelo sistema nacional de saúde.
A ministra Sílvia Lutucuta informou que mais de 100 mil profissionais precisam de actualização de curta, média e longa duração; o plano privilegiará emergências, cuidados primários e saúde comunitária, reduzindo assimetrias regionais e melhorando indicadores como mortalidade materna e infantil, que permanecem acima das metas nacionais e dos parâmetros sugeridos pela Organização Mundial da Saúde.
Para sustentar o programa, o Executivo está a construir e reabilitar centros de formação, hospitais-escola e laboratórios de investigação. Os investimentos, avaliados em centenas de milhões de kwanzas, permitirão equipar salas de simulação clínica, bibliotecas digitais e residências para estagiários, criando infra-estrutura sólida e ambiente académico propício à inovação biomédica e à retenção de quadros.
O memorando consagra colaboração bidireccional: professores universitários supervisionarão estágios em unidades de referência, enquanto clínicos do sector público ministrarão disciplinas práticas. A rede incluirá centros de estágio em todas as províncias, com rotações que expõem estudantes a patologias tropicais, cirurgias de urgência e campanhas de imunização, fortalecendo a experiência no terreno e a qualidade dos cuidados.
Segundo Albano Lopes Ferreira, ministro do Ensino Superior, o acordo representa um passo decisivo no fortalecimento das competências nacionais. O Governo espera que, até 2030, cada município disponha de equipas multidisciplinares aptas a responder a surtos, emergências e programas preventivos, elevando Angola aos padrões sanitários regionais definidos pela OMS e pela SADC.