Moçambique lidera Parlamento da CPLP por dois anos
Por TopAngola ·

Resumo:
Moçambique assume em julho a presidência da Assembleia Parlamentar da CPLP por dois anos, com foco em paz e inclusão entre países lusófonos.
Pontos-chave:
Em 14 de julho de 2025, em Maputo, Moçambique iniciará seu mandato na presidência rotativa da Assembleia Parlamentar da CPLP. A cerimônia reunirá chefes de parlamentos lusófonos e, segundo o porta-voz Feliz Silva, a prioridade será promover a paz e a inclusão, pilares essenciais para fortalecer o diálogo e a cooperação entre os países de língua portuguesa. Durante o encontro, serão debatidas propostas de projetos parlamentares conjuntos.
Em julho de 2024, Moçambique já havia acolhido a 13.ª sessão ordinária da AP-CPLP sob a presidência da senadora Teresa Efua Asangono, da Guiné-Equatorial. O sucesso daquela edição reforçou a capacidade local de organizar eventos multilaterais, superando desafios enfrentados pelo país anfitrião anterior. Segundo a Lusa, o diálogo nacional inclusivo em curso complementa os objetivos parlamentares, alinhando agendas de desenvolvimento e segurança.
Na 14.ª reunião da AP-CPLP, agendada para 14 e 15 de julho, estarão presentes presidentes de parlamentos de Angola, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A troca de experiências legislativas visa uniformizar boas práticas e fortalecer políticas públicas regionais. Este fórum parlamentar também funcionará como espaço de intercâmbio sobre temas como educação, saúde e integração económica.
Moçambique ressalta que a presidência rotativa coincide com um momento de diálogo nacional inclusivo no país, marcado pela reconciliação pós-eleitoral. O modelo participativo moçambicano é apontado como exemplo para estimular a coesão social e enfrentar desafios de segurança e desenvolvimento. Durante o mandato, serão priorizadas iniciativas legislativas que promovam a igualdade de género, a proteção dos direitos humanos e o fortalecimento das instituições democráticas.
Fundada em 1996, a CPLP reúne Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, totalizando nove membros. A nova presidência moçambicana pretende alavancar projetos de cooperação parlamentar e reforçar o papel da CPLP nas agendas internacionais de paz e desenvolvimento sustentável. Isso inclui criar redes de legisladores, partilhar boas práticas e apoiar iniciativas comunitárias em áreas como saúde e educação.