Proibição da Pesca de Carapau em Angola
Por TopAngola ·
Resumo:
Governo proíbe por dois meses a pesca de carapau, liberando 15% de captura a armadores semi-industriais. Visa proteger biomassa e reprodução.
Pontos-chave:
Em 1 de julho de 2025, o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos anunciou a interdição da pesca de carapau por 60 dias em todo território nacional, com início imediato. A medida visa proteger o período de reprodução e a biomassa, assegurando sustentabilidade a longo prazo. Apenas armadores semi-industriais poderão capturar até 15% do total de suas capturas. Victor Chilamba destacou necessidade de escalonar operadores.
As embarcações de pequeno porte, classificadas como semi-industriais, ficam autorizadas a pescar até 15% de carapau em relação ao total de capturas durante o período de vedas. A pesca artesanal, com frota estimada em 7 mil barcos, não tem limite definido, mas os gestores recomendam práticas sustentáveis e monitoramento constante para evitar sobreexploração e garantir recuperação das populações. Segundo declarações à Rádio Nacional de Angola, a medida reforça controle ambiental.
A interdição, anunciada em diferentes meios de comunicação, vigora de 1 de julho a 31 de agosto de 2025, totalizando 60 dias de vedas completas. O período coincide com fase reprodutiva do carapau, essencial para manutenção do estoque. A segunda metade de agosto pode registrar ajustes conforme relatórios de desembarque e avaliação de biólogos marinhos. Também analistas econômicos destacam impactos socioeconômicos em comunidades costeiras.
Este bloqueio segue lógica semelhante à veda da sardinha, atualmente em vigor em todo país. As autoridades reforçam que as medidas fazem parte do Plano Nacional de Gestão de Recursos Marinhos, alinhado a compromissos internacionais de pesca responsável e conservação. Especialistas recomendam ampliar monitoramento e pesquisa para avaliar eficácia das restrições. A iniciativa busca equilibrar extração e recuperação populacional, valorizando dados científicos e participação comunitária.
Espera-se que o período de vedas gere aumento temporário de preços no mercado livre, mas sem especulações abusivas, asseguram gestores. Após 31 de agosto, serão publicados relatórios oficiais sobre desembarques e indicadores de biomassa. A partir de setembro, com base em análises técnicas, poderão ser definidas novas cotas ou extensão de vedas, conforme evolução da reprodução do carapau e diálogos com setor pesqueiro.
