MPLA mobiliza em Cacuaco e UNITA reage
Por TopAngola ·

Resumo:
MPLA realizou em Cacuaco ato de massas para demonstrar força, enquanto a UNITA criticou a mobilização e apontou o declínio do partido no poder.
Pontos-chave:
No dia 20 de setembro de 2025, em Cacuaco, o MPLA realizou um grande ato de massas que reuniu milhares de militantes e simpatizantes, com o objetivo de demonstrar força organizacional e responder aos críticos que anunciavam o suposto enfraquecimento do partido no município; liderado pelo secretário-geral Paulo Pombolo e presidido pelo membro do Bureau Político Luís Nunes, o evento destacou a continuidade das estruturas partidárias e a mística do MPLA.
Segundo Paulo Pombolo, secretário-geral do MPLA, “o acto serviu para dar resposta àqueles que ainda pensam que o MPLA em Luanda já morreu”, ressaltando que o apoio maciço provém de militantes, simpatizantes e amigos do partido. Ele assegurou que as estruturas continuam ativas e que o líder mantém confiança popular, reforçando a narrativa de invencibilidade do MPLA na capital. Ele destacou que o partido permanece como força política em Luanda.
No plenário do evento, o deputado da UNITA Nuno Álvaro Dala ironizou a mobilização, afirmando que o MPLA “nem conseguiu encher a avenida” e denunciou que cerca de 75% dos participantes teriam sido deslocados de outras províncias. Segundo Dala, essa estratégia revela falta de apoio genuíno e comprova o desgaste político do partido no poder, agravado por problemas socioeconômicos e acusações de corrupção sistêmica.
O secretário provincial da UNITA em Luanda, Adriano Sapinala, classificou a escolha de Cacuaco como um erro estratégico e criticou o uso da imagem de João Lourenço, definindo-o como “a pessoa menos popular em Angola”. Sapinala enfatizou que a fraude de mobilização e o descontentamento social podem minar a coesão partidária, intensificando a disputa política em Luanda antes das próximas eleições.
Analistas políticos observam que a mobilização em Cacuaco reflete o agravamento das tensões em Luanda, onde problemas como desemprego, fome e insatisfação pública servem de terreno fértil para a oposição. A disputa entre MPLA e UNITA torna-se cada vez mais acirrada, com cada partido buscando capitalizar a crise social. O resultado desse embate pode antecipar tendências para as eleições de 2027 em Angola.