NATO em Haia reforça gastos militares
Por TopAngola ·

Resumo:
Cúpula da NATO em Haia debate aumentar investimentos militares para 5% do PIB até 2035. Líderes enfatizam reforço estratégico constante.
Pontos-chave:
Em 24 de junho de 2025, em Haia, 32 Chefes de Estado e de Governo da NATO reuniram-se para discutir o reforço da aliança diante de tensões crescentes. A cimeira, considerada histórica, contou com a presença do presidente norte-americano, Donald Trump, e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa demonstração de unidade e aviso às ameaças globais. O encontro foi marcado por debates acalorados sobre o futuro do investimento em defesa.
Volodymyr Zelensky criticou duramente a lentidão dos aliados em atingir a meta de 5% do PIB para gastos militares, argumentando que isso compromete a defesa coletiva. O presidente ucraniano enfatizou que a Ucrânia, com apoio reduzido, está na linha de frente contra a expansão russa e pediu auxílio urgente para manter o esforço de guerra e proteger as fronteiras da NATO. Ele apontou riscos sérios para todos os membros.
Donald Trump, prestigiando a sessão, evitou comentar diretamente o conflito ucraniano, focando-se na necessidade de modernização das forças armadas e no cumprimento integral dos compromissos financeiros. A segurança em Haia foi reforçada com drones, cibersegurança e milhares de efetivos, numa operação considerada a maior já organizada pela Holanda para garantir a proteção dos líderes. Analistas destacam que o clima de tensão impulsiona a coesão interna da aliança.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, defendeu um rearmamento sem precedentes para a Europa, afirmando que Berlim não pode mais ignorar os alertas dos Países Bálticos. Merz qualificou a cimeira como um marco, sinalizando investimentos crescentes e a revitalização da indústria bélica alemã após décadas de contenção. Ele exortou outros membros a cumprir as metas orçamentárias sem adiar novas verbas em programas sociais.
Especialistas alertam que a decisão de fixar gastos militares em 5% do PIB até 2035 reflete uma mudança de paradigma, aproximando a NATO de um modelo de defesa fixa. A medida visa dissuadir potenciais agressores, reforçar cadeias produtivas de armamento e solidificar alianças, diante de um ambiente internacional que exige respostas rápidas e orçamentos robustos. Essa postura ocorre após sucessivas manobras bélicas na Europa Oriental.